Cristian Budu, um dos nomes mais importantes do pianismo nacional, retorna à Sala Minas Gerais para executar um dos mais desafiadores concertos de todo o repertório para piano, o Segundo de Brahms, com a Filarmônica de Minas Gerais nos dias 21 e 22 de agosto, às 20h30,com regência do maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente Titular da Filarmônica de Minas Gerais. Baseada na peça teatral de Molière, a música inigualável de Richard Strauss, O Burguês Fidalgo, também estará no programa dos concertos mostrando toda a sua invenção e originalidade. Os ingressos estão à venda no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala Minas Gerais, a partir de R$ 39,60 (inteira) e R$ 19,80 (meia).
Este projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura e pelo Governo de Minas Gerais por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Mantenedor: Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais. Apoio Cultural: Inter. Apoio: Circuito Liberdade e Programa Amigos da Filarmônica. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Governo de Minas Gerais, Funarte, Ministério da Cultura e Governo Federal.
Maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente Titular da Filarmônica de Minas Gerais
Desde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo responsável pela implementação de um dos projetos mais bem-sucedidos no cenário musical brasileiro.
Construiu uma sólida carreira nos Estados Unidos, onde esteve à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville por quatorze anos (1999–2014), tendo recebido o título de Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular das orquestras sinfônicas de Syracuse (1992–1999) e de Spokane (1993–2004), nesta última atuando como Regente Laureado. Em 2014, tornou-se o primeiro maestro brasileiro a assumir a Regência Titular de uma orquestra asiática, ao aceitar o convite da Orquestra Filarmônica da Malásia, onde permaneceu por dois anos.
Ainda nos Estados Unidos, atuou como Regente Associado de Mstislav Rostropovich, na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington, com a qual se apresentou no Kennedy Center e no Capitólio. Foi também Regente Residente da Orquestra Sinfônica de San Diego. Estreou no Carnegie Hall, em Nova York, conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey, e tem dirigido inúmeras orquestras norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É presença constante nos festivais de verão nos Estados Unidos, como os de Grant Park, em Chicago, e Chautauqua, em Nova York.
Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na Dinamarca, Mechetti rege regularmente na Escandinávia, com destaque para a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a Orquestra de Helsingborg, na Suécia. Na Finlândia, dirigiu a Filarmônica de Tampere; na Itália, a Orquestra Sinfônica de Roma e a Orquestra do Ateneo, em Milão; na Dinamarca, a Filarmônica de Odense; na Escócia, a BBC Scottish Symphony; além de ter conduzido a Sinfônica Nacional da Colômbia e estreado no Festival Casals com a Sinfônica de Porto Rico. Na Argentina, rege regularmente a Filarmônica do Teatro Colón.
No Brasil, tem sido convidado a reger a Osesp, a Sinfônica Brasileira, as orquestras municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro, a Sinfônica do Paraná, a Petrobrás Sinfônica, entre outras. Trabalhou com artistas como Alicia de Larrocha, Thomas Hampson, Frederica von Stade, Arnaldo Cohen, Nelson Freire, Antonio Meneses, Emanuel Ax, Gil Shaham, Midori, Evelyn Glennie e Kathleen Battle, entre outros.
Natural de São Paulo, Fabio Mechetti é Mestre em Composição e em Regência pela Juilliard School de Nova York.
Cristian Budu, piano
Um dos principais nomes do piano brasileiro hoje, Cristian Budu é vencedor do Primeiro Prêmio e do Prêmio do Público no Concurso Internacional de Piano Clara Haskil. Em 2017, a revista britânica Gramophone incluiu uma gravação sua na lista dos “10 Melhores Registros Recentes de Beethoven” e, em 2019, sua interpretação dos Prelúdios entrou na lista dos “50 Melhores Registros de Chopin de Todos os Tempos”, ao lado de artistas como Martha Argerich, Arthur Rubinstein e Nelson Freire. Como solista, apresentou-se com a Sinfônica de Lucerna, a Orchestre de la Suisse Romande, a Sinfônica da Rádio de Stuttgart e outras grandes orquestras. Tocou em importantes palcos internacionais, como o Jordan Hall em Boston, o Liederhalle de Stuttgart e o Ateneu Romeno em Bucareste, e colaborou em duos com Renaud Capuçon e Antonio Meneses. O primeiro concerto de Budu com a Filarmônica de Minas Gerais aconteceu em 2014, e a apresentação mais recente, em 2023.
Repertório
Richard Strauss (Munique, Alemanha, 1864 – Garmisch-Partenkirchen, Alemanha, 1949) e a obra O Burguês Fidalgo, op. 60: Suíte (1912, revisada 1920)
O Burguês Fidalgo é originalmente uma comédia teatral de Molière, entremeada com números musicais e dançados. Foi apresentada pela primeira vez em 1670 para a corte de Luís XIV, com música de Jean-Baptiste Lully. A peça conta a história de Monsieur Jourdain, burguês rico que deseja, a todo custo, tornar-se aristocrata. Para tal, empenha-se arduamente em aprender as maneiras dos nobres. Com sonhos cada vez maiores de ascensão social, Jourdain deseja casar sua filha Lucile com um nobre, ignorando que ela ama Cléonte, rapaz da classe média. Disfarçado, Cléonte se apresenta como filho do sultão da Turquia e ganha o consentimento de Jourdain. A peça termina com uma cerimônia burlesca à moda turca.
Em 1911, o poeta Hugo von Hofmannsthal, que havia escrito o libreto para a ópera Der Rosenkavalier [O Cavaleiro da Rosa], sugeriu a Richard Strauss a criação de um novo espetáculo: uma adaptação de O Burguês Fidalgo com música incidental ao estilo de Lully, seguida de uma breve encenaçãooperística baseada no mito de Ariadne, emsubstituição à cerimônia turca do texto original de Molière. O fiasco da estreia, em 1912, mostrou que a combinação de teatro e ópera era problemática, o que levou poeta e compositor a decidirem separar as duas, adaptando-as para que pudessem ter vidas próprias.
O epílogo foi amplamente retrabalhado, dando origem à ópera Ariadne em Naxos, reapresentada em 1916. Para O Burguês Fidalgo, Hofmannsthal escreveu um final parecido com o de Molière, e Strauss criou mais alguns números de música incidental. Em 1917, o compositor transformaria a maior parte da música em uma suíte de concerto, que foi estreada com sucesso em Viena, janeiro de 1920, sob sua batuta.
Johannes Brahms (Hamburgo, Alemanha, 1833 – Viena, Áustria, 1897) e a obra Concerto para piano nº 2 em Si bemol maior, op. 83 (1787-1881)
Brahms compôs dois concertos para piano, separados por um intervalo de mais de vinte anos. De proporções até então inéditas, o Concerto nº 2 foi planejado como uma grande sinfonia com piano, e é considerado um dos mais difíceis do repertório, devido à profundidade de sua expressão e à complexidade da escrita. Entretanto, as enormes dificuldades técnicas exigidas do solista nunca se rendem ao simples virtuosismo e são determinadas pelo desenvolvimento lógico do discurso sonoro. Em alguns momentos, o pianista deve imperar com o máximo de sua potência; em outros, atua com extrema delicadeza, limpidez de toque e a discrição de um acompanhador ideal. As exigências feitas a toda a orquestra se equiparam às do piano, formando, assim, um universo instrumental de máxima coesão.
O primeiro movimento marca-se por grandes contrastes emocionais e sutis combinações instrumentais. Escrito em forma sonata, atravessa de temas melódicos e apaixonados a outros mais rítmicos e marciais, até o seu impressionante encerramento, quando impõe ao solista momentos de verdadeira bravura. O “Allegro appassionato” que segue é um scherzo de caráter fantástico, com acentos tumultuosos e ritmo vigoroso, facilmente caracterizado como uma dança macabra.
Mais lírico e sereno, o “Andante” apresenta um segundo solista, o violoncelo, confiando-lhe a emocionante melodia do tema principal. O piano nunca toma essa melodia; transfigura-a e parece meditar sobre ela, em divagações que soam como um improviso introspectivo. O último movimento, “Allegretto grazioso”, é um rondó-sonata com temas de caráter dançante, que ora lembram a leveza da música vienense, ora a de sabor húngaro, concluindo o Concerto em clima de muita luminosidade instrumental, entusiasmo e otimismo.
Filarmônica de Minas Gerais
Série Allegro
21 de agosto – 20h30
Sala Minas Gerais
Série Vivace
22 de agosto de 2025 – 20h30
Sala Minas Gerais
Fabio Mechetti, regente
Cristian Budu, piano
R. STRAUSS O Burguês Fidalgo, op. 60: Suíte
BRAHMS Concerto para piano nº 2 em Si bemol maior, op. 83
INGRESSOS:
R$ 39,60 (Mezanino), R$ 54 (Coro), R$ 54 (Terraço), R$ 78 (Balcão Palco), R$ 98 (Balcão Lateral), R$ 133 (Plateia Central), R$ 172 (Balcão Principal) e R$ 193 (Camarote).
Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores.
Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.
Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br
Bilheteria da Sala Minas Gerais
Horário de funcionamento
Dias sem concerto:
3ª a 6ª — 12h a 20h
Sábado — 12h a 18h
Em dias de concerto, o horário da bilheteria é diferente:
— 12h a 22h — quando o concerto é durante a semana
— 12h a 20h — quando o concerto é no sábado
— 09h a 13h — quando o concerto é no domingo
São aceitos:
- Cartões das bandeiras Elo, Mastercard e Visa
- Pix
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