Belo Horizonte ganha nova editora com lançamento inédito: “Narração Artística – modos de fazer”
Editora AbraPalavra tem quatro lançamentos previstos até 2023, o primeiro agendado para o próximo dia 07 de julho
Ao completar 11 anos atuando na área da literatura, produção cultural, educação, narração artística, memória social e artes integradas, o Instituto AbraPalavra resolveu dar um novo passo e no próximo dia 07 realiza o lançamento do primeiro livro de sua editora. Juntam-se a este empreendimento os diretores do Instituto, Aline Cântia e Chicó do Céu e o gestor cultural Fernando Chagas.
“A proposta da editora é publicar livros que de alguma maneira contribuam para que o leitor expanda seus sentidos e sua escuta. A princípio serão livros ligados à linguagem da narração artística, mas queremos publicar também traduções, ficção e não ficção, poesia, contar histórias que nem sempre chegam pra gente”, conta Aline.
Com a produção de três livros no primeiro ano, a proposta da editora é descobrir este caminho aos poucos, para que cheguem com bastante qualidade. “Nós sempre pisamos com bastante cuidado nos novos terrenos, assim o que queremos é entregar livros feitos com afeto e apreço, trazendo bons autores, títulos relevantes, literaturas plurais e também textos que tragam reflexões importantes”, finaliza Chicó.
Na bagagem, a Editora AbraPalavra traz a experiência de centenas de cursos de formação; criações artísticas; pesquisas acadêmicas e populares; além de produção cultural como a idealização da Candeia: mostra internacional de narração artística que está na sua 5ª edição e é única em Minas Gerais, o Sons da Cidade: mostra internacional de violão que está na 4ª edição; além de outros como Era uma Voz, AbraPalavra Convida, BH Arte e Tradição e BH ao pé do ouvido.
Primeiro livro – Narração Artística: modos de fazer
O livro de estreia da editora conta com a participação de 12 contadores de histórias, pesquisadores e estudiosos da arte da palavra oral. Dividido em 10 textos e composto por relatos, artigos e ensaios, o livro não propõe um conceito generalizante e universal para definir o que seja “Narração Artística”, mas traz rastros que possam ajudar o leitor a construir princípios e fundamentos dessa expressão.
O termo ‘narração artística’ foi utilizado pela primeira vez em 2017 pelo Instituto Cultural AbraPalavra, nascendo junto da Mostra Candeia, e tem sido adotado por muitos outros narradores, espaços culturais, eventos e cursos relativos à narração de histórias. “Propomos que a narração de histórias traz em si uma técnica, ou seja, uma habilidade criadora e que é também uma manifestação de ordem estética, comunicativa, do ideal, da expressão da beleza, da reflexão e da contemplação”, explica Fernando Chagas que organizou o livro junto de Aline Cântia.
O livro tem a intenção de atingir um público diverso e ser útil para artistas, professores, bibliotecários, agentes de cultura e toda gente interessada pelo universo da narração de histórias. Se trata de práticas reflexivas como o artigo da atriz e intérprete Dinalva Andrade que fala sobre as libras (linguagem brasileira de sinais) e a arte da narração de histórias; o ensaio da narradora Josiane Geroldi (SC) que conta sobre o processo artístico do espetáculo “As vozes vivas de São João Maria” que nasceu de uma pesquisa junto às comunidades rurais de Santa Catarina. O livro também conta a lenda belo-horizontina Capeta do Vilarinho, trazida pela narradora e educadora Bárbara Amaral a partir de uma reflexão sobre a atualização dos contos de tradição oral. Além destes, o livro fala da narração de histórias na primeira infância, por Juliana Daher e Isaac Luiz; da narração e ancestralidade, por Chica Reis; traz as bibliotecas comunitárias pela escrita poética de Nívea Sabino; a mediação de leitura e a narração nas bibliotecas escolas por Pâmela Machado e a presença das histórias no cotidiano, com Emilie Andrade (SP). O prefácio do livro é da narradora, educadora e referência no tema Gislayne Matos que traz um panorama da narração em BH a partir do próprio trabalho com o Arte Convivendo que em 2023 completa 30 anos e como ele se desdobra agora no fazer do AbraPalavra. A abertura do livro é um texto de Aline Cântia e Fernando Chagas sobre a narração artística e como ela se desdobra a partir do olhar de cada autor convidado. A publicação conta com o patrocínio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura por meio do Fundo Municipal de Cultura.
Para garantir a acessibilidade, o livro também conta com um Audiolivro produzido por Aline Cântia e Chicó do Céu.
Lançamento do Livro
O lançamento do livro, que acontecerá dia 07 de julho às 19h no Teatro da Biblioteca Pública Estadual de MG, contará com a participação de todos os autores e autoras em um momento que também marcará a inauguração da editora AbraPalavra. O evento conta com rodas de conversa e apresentações artísticas dos convidados e também com uma cessão de autógrafos em coletivo, com as autoras e autores do livro, além de quitutes juninos para aquecer a noite. A entrada é gratuita e os livros serão vendidos a R$20,00. O livro tem sua pré-venda pelo site: www.institutoabrapalavra.org
No dia 08 de julho a celebração continuará, no Teatro da Cidade, às 19h30, com a presença das duas autoras de fora de Belo Horizonte, Emilie Andrade e Josiane Geroldi, para o evento AbraPalavra Convida em que Aline Cântia e Chicó do Céu conversam com as autoras sobre seus fazeres artísticos.
Lançamento do livro “Narração Artística: modos de fazer” e Inauguração da Editora AbraPalavra
Data/Horário: 07 de julho de 2022 / 19horas
Local: Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, Praça da Liberdade nº 21. Belo Horizonte-MG
Entrada Gratuita
Valor do livro: R$ 20,00
AbraPalavra Convida:
Data/Horário: 08 de julho de 2022 / 19h30 – entrada gratuita
Local: Teatro da Cidade, rua da Bahia 1341 – Centro, Belo Horizonte-MG
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