Com Gabriela Fernandes e Sâmylla Aquino
Direção e Dramaturgia: Rita Clemente
SINOPSE: “Navegar é caminhar por cima do abismo. Lá no fundo, o desconhecido”.
Andressa, uma mulher repleta de sacolas de compras, salta do 18º andar de um transatlântico e cai no veleiro de Isabel, uma mulher que navega rumo a um lugar desconhecido, onde dizem que a terra para de girar por alguns segundos. Movidas pela urgência de reencontrar suas identidades, essas mulheres trilham juntas uma jornada que as leva a cruzar limites, na esperança de que algo mude e assim elas possam se sentir, por um momento, livres.
Entre os dias 06 e 09 de novembro, a Funarte MG recebe o espetáculo SAL, do Margem – Coletivo de Investigação Teatral. Com direção e dramaturgia de Rita Clemente, o espetáculo conta com atuações de Gabriela Fernandes e Sâmylla Aquino, integrantes do coletivo, que também executam ao vivo a trilha da montagem.
SAL apresenta uma trama que se desenvolve a partir do encontro improvável entre duas mulheres em situações extremas: Andressa, repleta de sacolas de compras, salta do 18º andar de um transatlântico; Isabel, navegando sozinha rumo ao desconhecido, a vê cair dentro do veleiro em que viaja, movida por um desejo silencioso de ruptura. A partir desse acaso insólito, as personagens embarcam em uma travessia que desloca certezas, provoca confrontos e abre fendas por onde a liberdade, ainda que breve, se anuncia como possibilidade.
Tensionando o real, o fantástico e o poético, a montagem conduz o público a uma travessia entre naufrágios íntimos, deslocamentos e a urgente necessidade de reinvenção. Com elementos do realismo fantástico, a dramaturgia acompanha as trajetórias dessas duas mulheres que ficam juntas no meio do oceano. Num cenário composto por um grande veleiro e um mar de sacolas plásticas, vemos duas personagens que atravessam uma jornada de auto-(re)conhecimento, partilhando seus íntimos, suas vivências e suas histórias.
Música e visualidade tensionam universos reais e fantásticos
Guitarras, paisagens sonoras, pausas, ações, uso performativo de elementos cotidianos e a vela de um barco que se desdobra em tela, membrana e limite. SAL marca um importante passo na trajetória do coletivo Margem na investigação da música em cena. A sonoridade desloca as relações de espaço e tempo, marcadas principalmente pela presença de uma guitarra elétrica que, tocada em cena, sugere o próprio ato de navegar. O espetáculo conta com trilha sonora original de Patrícia Bizzotto, cenário e figurino de Halyson Félix e iluminação de Régelles Queiroz.
SAL também incorpora um imaginário marítimo distorcido: entre transatlânticos de luxo, veleiros precários, notícias absurdas e peixes que buscam romper o plástico que os aprisiona, o espetáculo navega por estados de queda, deslocamento e desejo — e pergunta o que ainda pode mover alguém quando o limite parece ter sido atingido.
SOBRE O COLETIVO
O Margem – Coletivo de Investigação Teatral é formado pelas atrizes Gabriela Fernandes e Sâmylla Aquino, artistas que desenvolvem pesquisas cênicas voltadas à criação autoral e à atuação pedagógica em teatro. Fundado em 2018, em Belo Horizonte, o grupo atualmente circula com o trabalho “SAL”, com direção e dramaturgia de Rita Clemente e desenvolve projetos pedagógicos de ensino de teatro voltados para a infância, juventude e mulheres adultas a partir do Curso Livre de Teatro Margem e Curso Mulheres em Cena, com foco no ensino de teatro para não atores.
Sâmylla Aquino é atriz, cantora e compositora mineira. Desenvolve trabalhos autorais em teatro e música e é cofundadora do Margem, onde atua em projetos artísticos e pedagógicos. Formou-se em Canto Popular pela Bituca – Universidade de Música Popular, e em Artes Dramáticas pelo Centro de Formação Artística e Tecnológica da Fundação Clóvis Salgado e é licenciada em Teatro na UFMG.
Gabriela Fernandes é atriz e professora de teatro. Com o grupo Margem – Coletivo de Investigação Teatral, do qual é fundadora e integrante, desenvolve projetos artísticos e pedagógicos em Teatro e Artes Cênicas. Desenvolve, desde 2019 cursos, e oficinas voltados à infância e adolescência. Formou-se no Curso Técnico e Profissionalizante em Artes Dramáticas pelo (CEFART) e em Licenciatura em Teatro na UFMG.
SOBRE RITA CLEMENTE
Rita Clemente é atriz, diretora e dramaturga mineira, com vasta experiência em teatro e incursões em televisão e cinema. Gestora cultural do Estúdio Clementtina. Mestra em Artes pela UEMG e Doutoranda pela UFMG, Rita tem se dedicado à pesquisa de criação contínua em Belo Horizonte há mais de 30 anos, com reconhecimento de público e crítica.
Diretora premiada pelas peças “Dias Felizes”, com texto de Samuel Beckett (Prêmio Questão de Crítica/Rio de Janeiro/2013 e Prêmio Usiminas Sinparc/2006) e “O que você foi quando era criança?”, de Lourenço Mutarelli (Prêmio Cemig Sinparc/2015), foi também indicada aos prêmios Shell SP e Qualidade SP em 2008 pela direção do espetáculo “Amores Surdos”, do Grupo Espanca. Ganhadora do Edital Sesc Pulsar (RJ), estreia “Natureza Morta”, de Mário Viana, no Sesc Copacabana, em 2022.
Na televisão, estreou como atriz na série “A Cura” e fez parte do elenco das novelas “A Vida da Gente”, “Amor à Vida”, “Liberdade, Liberdade”, e do especial “Comadres”, todos pela TV Globo.
Reconhecida por sua pesquisa acerca das possibilidades de diálogo entre teatro e música, a artista vem desenvolvendo sua pesquisa dramatúrgica e de direção voltada a acontecimentos simultâneos do dia-a-dia, assim como ao entrelaçamento da vida de personagens através de situações ligadas ao acaso.
FICHA TÉCNICA
Concepção: Margem — Coletivo de Investigação Teatral
Direção e Dramaturgia: Rita Clemente
Atuação: Gabriela Fernandes e Sâmylla Aquino
Trilha sonora original: Patrícia Bizzotto
Composições Guitarra: Sâmylla Aquino
Operação de som: Karim Ângelo
Figurino e cenografia: Halyson Felix
Criação e design de luz: Régelles Queiroz
Operação de luz: Matheus Dias
Locação de equipamentos de iluminação e efeito: Gato de Luz Iluminação Cênica
Visagismo: Giovanna Miranda
Fotografia: Igor Cerqueira
Cenotecnia: Helvecio Izabel e Halyson Felix
Animação: Kayke Quadros
Designer Gráfico: Sofia Coeli
Vozes em off: Peixa – Rita Clemente; Noticiário / Repórter – Gra Bohórquez
Audiodescrição: Gabriel Aquino, João Aquino, Daila Teixeira, Lídia Fernandes (Vias de Acesso)
Interpretação em Libras: Dinalva Andrade (BH em Libras)
Assessoria de Imprensa: João Santos
Social Media: Jean Gorziza
Coordenação de Produção: Analu Diniz
Produção: Tereza Castro
Produção Executiva: Margem Coletivo Teatral
Fotos: Igor Cerqueira
Projeto de nº 111511/2024, contemplado pelo edital 03/2024 (BH Fomento PNAB) da Secretaria Municipal de Cultura de Belo Horizonte.
Este projeto foi apoiado pelo PROGRAMA FUNARTE ABERTA 2025 — OCUPAÇÃO DOS ESPAÇOS CULTURAIS DA FUNARTE.
de 06 a 09 de novembro
Quinta a sábado às 20h, domingo às 19h.
na Funarte MG (Rua Januária, 68 – Centro)
Ingressos à venda pelo Sympla: https://www.sympla.com.br/evento/espetaculo-sal-margem-coletivo-de-investigacao-teatral-funarte-mg/3155566
(ou 1h antes das apresentações na bilheteria da Funarte MG)
*no dia 07/11 a apresentação será seguida de
bate-papo mediado pelo projeto Mirante
Acessibilidade: a apresentação do dia 06/11 contará com recursos de Audiodescrição.
As apresentações dos dias 08 e 09/11 contarão com interpretação em LIBRAS




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