Ambientes colaborativos e senso de comunidade impulsionam a expansão dos espaços compartilhados, que ganham força também na capital mineira
O setor de coworkings vive um momento de franca expansão no Brasil. Segundo o Censo Coworking 2024, realizado pela Woba, o mercado registrou crescimento de 30,1% em um ano, impulsionado pela consolidação de novos modelos de trabalho no pós-pandemia e pela busca por ambientes colaborativos. O número de espaços saltou de 2.443 para 2.986 unidades, sendo 58,5% concentrados em capitais. Minas Gerais é o segundo estado com maior quantidade desses locais (307), atrás apenas de São Paulo (1.121).
Em Belo Horizonte, esse movimento reflete uma mudança profunda no comportamento de profissionais e empresas. A capital mineira tem observado uma demanda crescente por ambientes que rompam o isolamento do home office e favoreçam conexões reais. Um deles, a Casa Baanko, fundada em 2019, desponta como um dos coworkings mais originais da cidade. “A expansão dos coworkings em Minas Gerais é um sinal claro de que as pessoas buscam conexão, criatividade e a troca que só acontece quando estamos em comunidade”, afirma Adriele, líder de Comunidades da Casa Baanko. Para ela, produtividade passou a ser sinônimo não apenas de infraestrutura, mas de pertencimento: “A serendipidade — aquelas descobertas felizes ao acaso — virou ativo estratégico dos espaços modernos de trabalho.”
Localizada em um casarão modernista de 480 m² no Centro de Belo Horizonte, a Casa Baanko oferece um ambiente que une acolhimento, história e propósito. “Nosso diferencial é a essência: somos uma casa com cara de casa. Aqui, trabalho e criatividade caminham juntos”, destaca Adriele. O espaço é pet friendly, com o mascote John circulando entre os visitantes, e reúne infraestrutura completa para atender desde empreendedores individuais até equipes corporativas.
Entre os ambientes disponíveis estão 16 estações de coworking, salas de reunião equipadas, estúdios privativos para times, espaços de convivência, jardim externo para trabalho ao ar livre, cozinha e café-restaurante interno – que também atende eventos -, internet de fibra óptica (150 Mbps), ar-condicionado, guarda-volumes e segurança monitorada. “Desenvolvemos espaços que equilibram privacidade e foco com convivência e networking. É muito comum ver parcerias surgindo espontaneamente no jardim ou na cozinha”, comenta a gestora.
Ainda segundo Adriele, a Casa Baanko funciona com reservas avulsas por hora, turno ou diária, e oferece planos mensais para quem deseja fazer parte da comunidade. Membros têm benefícios como desconto no café-restaurante e valores especiais na locação de salas e eventos. “Alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, nos posicionamos como mais do que um coworking: somos um Hub de Inovação em Sustentabilidade. Aqui, startups, instituições, criadores e empresas tradicionais convivem no mesmo ambiente em busca de soluções que combinem resultado financeiro, impacto social e responsabilidade ambiental”, destaca Adriele, acrescentando que a economia criativa é o motor dos novos negócios, e o papel da casa é conectar ideias a propósitos. “Deixamos de ser apenas um espaço físico: somos um catalisador de impacto”, afirma.
Expansão e novos projetos para 2026
Com o anúncio do novo Plano Nacional de Cultura, a Casa Baanko mira o futuro com projetos ainda mais robustos. Em 2026, o objetivo é consolidar-se como a casa oficial da economia criativa de BH, ampliando parcerias culturais, projetos de captação de recursos e iniciativas de formação.
Além disso, a organização prepara um movimento de expansão territorial. “Queremos ter uma base da Casa Baanko em cada região do Brasil, permitindo que nossos membros circulem, façam networking e tenham suporte nacionalmente”.
Para Adriele, o futuro dos negócios passa, sobretudo, pela colaboração e pelo impacto socioambiental. “Em 2025, ao completarmos 11 anos, reafirmamos nosso compromisso de ser um espaço seguro, sustentável (já operamos com energia 100% limpa e gestão de resíduos) e transformador para todos que empreendem com propósito”, conclui.
Casa Baanko
Avenida Afonso Pena, 2881 – Centro
Café da manhã, almoço e happy-hour, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
Além dos espaços de coworking e salas para reuniões e eventos, o cliente pode trabalhar no jardim pagando apenas por aquilo que consumir no café-restaurante da Casa.
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