Temporada Deus da Carnificina na Sala João Ceschiatti 01/07 a 24/07

CIA. DA FARSA ABRE NOVA TEMPORADA DO ESPETÁCULO  “DEUS DA CARNIFICINA”

Dirigida por Sérgio Abritta, a montagem celebra os 20 anos da companhia, com texto de autoria da premiada escritora francesa Yasmina Reza. As apresentações ocorrem de 01 a 24 de julho, na Sala João Ceschiatti, no Palácio das Artes.

A Cia. da Farsa abre nova temporada do espetáculo “Deus da Carnificina”,montagem estreada em março deste ano, com grande sucesso, em comemoração aos seus 20 anos da companhia. Com direção de Sérgio Abritta, o espetáculo traz pela primeira vez, aos palcos mineiros, texto da roteirista, romancista e atriz francesa Yasmina Reza, quejá ganhou versão para o cinema por Roman Polanski. A peça fica em cartaz na Sala João Ceschiatti, no Palácio das Artes, de 01 a 24 de julho (sexta e sábado, às 20h, e domingo, às 19h). Os ingressos custam R$40 e R$20 (meia). Classificação indicativa: 14 anos. Gênero: drama contemporâneo.

“A estreia de ‘Deus da Carnificina’ foi de tamanho sucesso que resolvemos abrir uma nova temporada, dessa vez no Teatro Marília, em continuidade a celebração dos  20 anos da companhia. O espetáculo é um presente para nós e para o público, que demonstrou isso nos cinco dias em que ficamos em cartaz na Sala João Ceschiatti. O texto de Yasmina Reza, a direção de Sérgio Abritta e o propósito da companhia de levar para o teatro discussões atuais que abordam as relações humanas, amorosas, políticas, são o casamento perfeito”, comenta Alexandre Toledo, ator e fundador da Cia. da Farsa.

Em “Deus da Carnificina”, dois casais se reúnem para tentar resolver um pequeno incidente: o filho de um quebrou os dentes do filho do outro. Tudo começa bem, dentro da polidez que caracteriza os casais modernos e educados. Aos poucos, a conversa toma caminhos inesperados e o que era cortesia e refinamento se torna intimidação e violência. A linha tênue entre a civilidade e a barbárie está prestes a ser ultrapassada. “Yasmina faz uma reflexão sobre a sociedade ocidental e sua capa de civilidade, da necessidade urgente de repensarmos nossas relações em comunidade, antes que a violência se instaure definitivamente”, comenta Sérgio Abritta.

Em cena, os atores Alexandre Toledo, Andréia Quaresma, Flávia Fernandes e Marcus Labatti são separados do público por estruturas metálicas que lembram uma grande gaiola. Segundo o cenógrafo Yuri Simon, “o elenco queria que tivesse algum elemento visual que provocasse o público. Além disso, a autora sugere uma cenografia não realista. Daí me ocorreu a ideia de propor uma identificação dessas personagens como feras que estão presas nesta gaiola”, explica.

Aprisionados em suas questões, durante 85 minutos as personagens conduzem o espectador a experimentar climas diversos que vão da comicidade à violência. “Há uma constante tentativa de finalizar uma discussão iniciada, mas são incapazes de chegar a uma conclusão. Vivem uma constante necessidade de retorno ao conflito. Todo mobiliário cênico, que figurativamente representa uma sala de estar, adota um estilo industrial, e conforme sua configuração, insinua uma neutralidade e um despojamento estético que também nos remetem às peças de um viveiro de metal”, acrescenta.

Além do cenário, Yuri também assina a iluminação. “A proposta é criar uma cena mais clara, com uma tonalidade branco quente que escurece, em alguns momentos, dando maior visibilidade aos recortes e efeitos das marcações dramáticas. Além disso, a iluminação se aproveita da projeção em vídeo de Antonionne Leone para criar texturas e composições rítmicas, em diálogo com a sonoplastia de Márcio Monteiro“, conclui.

Atualmente formada por Toledo, Marcus Labatti e Alex Zanon, a Cia da Farsa nasce em 2002 com a montagem do texto Tribobó City, e pouco depois, estreia “A Farsa da boa preguiça” (2003), espetáculo que rende prêmios ao grupo. Desde então, passa por diversas formações, estéticas, diretores e autores – muitos deles nacionais, como Maria Clara Machado, Ariano Suassuna, Nelson Rodrigues, e mais recentemente, Sérgio Abritta. “Sérgio é um namoro antigo que começa com ‘Adultérios e outras pequenas traições’ (2014) – comédia da companhia escrita e dirigida por ele. Temos muito em comum: gostamos de um teatro de texto com discussões atuais que abordam as relações humanas, amorosas, políticas. Daí o desejo de montar ‘Arte’ (2019), também de Yasmina Reza, e, logo após, ‘Wilde.Re/Construído’, com o qual ganhamos o ‘Prêmio Palco em Cena’, do Brasil Valourec, em 2020. ‘Deus da Carnificina’ veio, em seguida, como caminho natural”, conta Toledo.

FICHA TÉCNICA

Texto: Yasmina Reza | Direção: Sérgio Abritta | Produção: Alexandre Toledo Produções e Cia da Farsa | Elenco: Alexandre Toledo, Andréia Quaresma, Flávia Fernandes, Marcus Labatti | Trilha Sonora Original: Márcio Monteiro | Figurinos: Flávia Fernandes | Cenário e Iluminação: Yuri Simon | Cenotecnia: Cristopher Matos | Vídeos Incidentais: Antonionne Leone | Design Gráfico: Alex Zanon | Assessoria de Imprensa: Beatriz França

Av. Alfredo Balena, nº 586, Santa Efigênia – BH/MG

Direção de Sérgio Abritta | Texto de Yasmina Reza

Sala João Ceschiatti – Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1537 – Centro)

 01 a 24 de julho

sexta e sábado, às 20h, e domingo, às 19h

Ingressos a R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia) na bilheteria do teatro ou pelo Eventim

(www.eventim.com.br)

Classificação indicativa: 14 anos | Gênero: drama contemporâneo.