Musical “Músicas que fiz em seu nome”, com Laila Garin no Sesc Palladium – 29 e 30/11

Comédia musical marca a estreia de Laila Garin como autora e convida o público a uma imersão profunda nas memórias, na identidade e nos desafios impostos pelas expectativas sociais. O repertório contempla 18 canções brasileiras, entre baladas, boleros, sertanejo e bossa nova, que ajudam a costurar a história de Leide Milene, uma mulher que acredita ser possível apagar o passado e viver apenas de boas lembranças. Montagem faz apresentações na capital mineira, nos dias 29 e 30 de novembro, no Sesc Palladium.

Podemos apagar o passado? É possível remover apenas as memórias ruins para recomeçar uma vida livre de sofrimento? Leide Milene, em “Músicas que fiz em seu nome”, acredita que sim. Prestes a se casar, a personagem – interpretada por Laila Garin, atriz de grande notoriedade, aclamada pelo público e pela crítica por sua impecável interpretação de Elis Regina no musical “Elis, A Musical”– decide se submeter ao Miracle Former, um procedimento revolucionário que promete apagar lembranças dolorosas antes de seu casamento. Ela acredita que se tornará uma nova mulher, livre das angústias pregressas. Mas, reescrever a história não seria transformá-la em uma farsa? Até que ponto nossas experiências e cicatrizes nos definem? Seria possível recomeçar sem carregar o que nos moldou? Essas questões são tratadas com muito bom humor no musical dirigido por Gustavo Barchilon e que marca a estreia de Laila Garin como autora. Após estreia e temporada de sucesso no Rio de Janeiro, o espetáculo chega a Belo Horizonte para apresentações nos dias 29 e 30 de novembro, sábado às 21h e domingo às 19h, no Grande Teatro do Sesc Palladium.

O texto de “Músicas que fiz em seu nome” tem autoria de Laila Garin em parceria com Tauã Delmiro, com consultoria de conteúdo e colaboração de roteiro da poeta, psicanalista e filósofa Viviane Mosé. O espetáculo foi criado a partir de uma fala de Viviane Mosé: “Na tentativa de não sofrer, terminamos optando por não sentir. Plastificamos nossa pele. Embalsamamos nossos afetos. (…) Sentir muito e cada vez mais, aprender a lidar com os excessos, os desequilíbrios e as contradições é a condição para um ser mais amplo e para uma vida mais ética e sustentável”.

Tendo esse ponto de partida, os autores construíram uma comédia despudorada, brincando com todos esses anseios e dúvidas do ser humano. A peça combina uma narrativa envolvente com músicas já conhecidas pelo público, conduzindo os espectadores por um intenso turbilhão de emoções. O espetáculo convida a plateia a uma imersão profunda nas memórias, na identidade e nos desafios impostos pelas expectativas sociais.

“Nossas lembranças formam a base da nossa personalidade, influenciam nossas escolhas e determinam como nos relacionamos com o mundo. A memória nos conecta ao passado, permitindo que aprendamos com os erros, celebremos conquistas e criemos narrativas sobre nossa própria história”, afirma Barchilon. Laila acrescenta: “somos nossas memórias, para o bem e para o mal. Acho que nossa identidade está diretamente ligada a elas. Digo para o bem e para o mal porque lutamos para estarmos no presente e não termos reações automáticas, frutos de hábitos e aprendizados da primeira infância. Ao mesmo tempo, como diz Sotigui – griot que trabalhava com Peter Brook-, “para saber para onde ir a gente deve olhar para de onde viemos””.

Com direção musical de Tony Lucchesi, o repertório do espetáculo passeia por 18 grandes canções brasileiras, entre baladas, boleros, sertanejo, bossa nova e outros gêneros que ajudam a costurar a história de Leide Milene. Tauã Delmiro explica que o roteiro “é bastante eclético e inspirado pela rica diversidade da música brasileira, tornando-se um catálogo de emoções, refletindo a herança poética das canções do Brasil.” Algumas músicas foram selecionadas por Laila Garin, que almeja repetir a comunhão com o público que experimentou no primeiro espetáculo que fez quando chegou ao Rio, “Eu te amo mesmo assim”, de Jo Abdu, João Falcão e João Sanches.

Reencontro

Laila Garin e Tauã Delmiro já estiveram juntos no musical “Alguma Coisa Podre”, também com direção de Gustavo Barchilon. Desse espetáculo, surgiu a ideia da parceria para a criação de “Músicas que fiz em seu nome”. “O Gustavo tem um ótimo feeling de juntar pessoas para criar e o Tauã, além de diretor e roteirista, é um super ator de comédia. Temos loucuras diferentes e eu amo a diversidade. Acho nossa parceria nada óbvia, como é também a minha parceria super recente com o Tony e também com a Viviane Mosé. E isto me excita! Preciso muito deles para entrar na linguagem cômica. Espero que o público se empolgue, pois é para ele que estamos trabalhando”, vibra a atriz.

Gustavo Barchilon também não esconde a alegria desse reencontro. “A Laila é uma comediante nata. Sua profundidade emocional e entrega trazem camadas mais ricas para a cena, tornando-a mais autêntica e envolvente. A chave para o riso está na sinceridade com que as situações são vividas pelos personagens, e a Laila domina essa arte com maestria. Seu forte controle da construção emocional e da escuta em cena permite que explore o humor de forma natural, sem cair na superficialidade ou na busca forçada pelo riso”.

O espetáculo tem uma ficha técnica de primeira: iluminação de Maneco Quinderé, design de som de André Breda, cenário de Natália Lana e figurino de Fábio Namatame, e com realização da Barho Produções.

Em Belo Horizonte, “Músicas que fiz em seu nome” encerra a programação do Palco Instituto Unimed-BH 2025 que é apresentado pelo Ministério da Cultura e pelo Instituto Unimed-BH, por meio do patrocínio de mais de 5,7 mil médicos cooperados e colaboradores, produção executiva da Pólobh, patrocínio da CNH | New Holland Construction, da LCM Construção e da Laranjinha do Itaú, correalização do Sesc em Minas, apoio da Hypofarma, Mip Engenharia e Pottencial Seguradora e parceria de mídia com a CDL FM, Fredizak, Jornal O Tempo, Soubh e Zanzar Mídia.

“Músicas que fiz em seu nome”

Dias 29 e 30 de novembro, sábado às 21h e domingo às 19h

Grande Teatro do Sesc Palladium

(Rua Rio de Janeiro, 1046, Centro – BH/MG)

Duração:  70 minutos

Classificação: Livre

Gênero: Comédia Musical

Ingressos:

Plateia 1 – R$ 110,00 (Inteira) | R$ 55,00 (Meia Entrada)

Plateia 2 – R$ 90,00 (Inteira) | R$ 45,00 (Meia Entrada)

Ingressos Populares – R$ 50,60 (Inteira) | R$ 25,00 (Meia Entrada)

Vendas pelo site Sympla:

https://bileto.sympla.com.br/event/112121

E na bilheteria do teatro:

Rua Rio de Janeiro, 1046, Centro – BH/MG