Cenário para o próximo mês nas cidades atingidas é de fome, piora na saúde, demissões em massa de técnicos e paralisação da reparação socioeconômica
Mais de 100 mil pessoas atingidas de 6 municípios que residem próximas ao epicentro do crime da Vale em Brumadinho são neste momento revitimizadas com paralisação da assessoria técnica independente que atua no território, a Associação Estadual de Defesa Ambiental e Social (AEDAS), que caminha para demissão de mais de 100 funcionários devido à falta de colaboração das Instituições de Justiça.
Com isso, o direito à participação e informação das comunidades fica prejudicado causando atrasos à reparação socioeconômica e em meio ao fim da única política de renda pros atingidos, o Programa de Transferência de Renda, que garantia condições mínimas de combate à fome, miséria e continuidade de tratamentos de saúde para 164 mil pessoas.
Desde março, os atingidos solicitam, por meio de ação coletiva no judiciário, a execução do direito ao auxílio emergencial previsto na Política Nacional dos Atingidos (Lei 14.755/2023), mas a 2ª instância do TJMG suspendeu a decisão que concedia o direito e vem protelando o julgamento por 6 meses. A medida poderia beneficiar, no próximo mês, mais de 164 mil pessoas atingidas que moram próximas ao Rio Paraopeba, à Represa de Três Marias ou residem em Brumadinho.
JORNADA DE LUTA, PROTESTOS E MANIFESTAÇÕES
Por conta disso, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) está organizando uma Jornada de Lutas nas redes e ruas junto às comunidades atingidas pelo crime da Vale de Brumadinho a Três Marias, que se iniciará ainda em outubro com ações em Belo Horizonte e terá como um dos momentos de protesto uma manifestação conjunta no dia 5/11/25, marco de 10 anos do crime da VALE S/A no Rio Doce.
📸 Ato por reparação integral e auxílio emergencial na Sede do TJMG no dia 25/9/25, organizado pelo MAB. Créditos: Fabiano Lana/Guaicuy
Adicionar Comentários