Francisco de Assis – do rio ao riso 04/06

Espetáculo trata, com humor e emoção, a vida do homem que se tornou o maior ecologista da história

 Em pleno tempo de homenagens a tantos ícones da história artístico-cultural de toda ordem, surgiu a ideia de se falar sobre um grande herói, Francisco de Assis. Tudo com muito humor, como é característico na trajetória de sucesso  de Carlos Nunes, nos palcos mineiros. Isso, além da riqueza histórica e uma boa dose de poesia. Ele divide o palco com o ator Fernando Couto, com direção do próprio Carlos Nunes, e texto de Márcio Ares.

 O espetáculo traduz a imagem não só do santo, mas do homem genial que foi Francisco, da sua infância até a sua morte. Toma-se dele a humanidade com que enfrentou o seu desafio de mais amar que ser amado. A ideia é fazer rir sem ofender. É divertir sem blasfemar. Sem ferir a aura de santo que lhe é peculiar, o espetáculo mostra, sob uma nova e divertida perspectiva, a sua fraterna existência sobre a terra, explica o ator.

 A Itália do século XIII, onde e quando viveu Francisco, vai se estender até os tempos atuais e outros tantos lugares. Com muito humor e delicadeza, Francisco visitará aldeias italianas, mas também Brasília, escolas e asilos brasileiros, o interior da alma de um povo latino, dos simples e dos abastados, dos povos ribeirinhos e dos grandes fazendeiros. A peça toca as alegrias e as faltas desse nosso povo brasileiro, adianta Carlos Nunes. É nesse deslocamento espaço-temporal que Francisco, muito mais homem que santo, faz os seus muitos milagres.

 A montagem se configura um grande desafio, em sua concepção, texto, música e cenário, para que se dê o riso sem que se perca a imagem centenária desse grande personagem. A coragem, a força e a beleza que entremeiam o espetáculo exibem, no palco, o talento dos homens e a alegria de um artista, mas também a fé de um povo que, não obstante toda a sua crença, anseia por um Deus mais próximo e verdadeiro.

Tarefa árdua, embora prazerosa, fazer uma comédia sobre tal personalidade. No desafio reside, no entanto, o inusitado do texto, declara o ator, referindo-se ao autor Márcio Ares, que, além de poeta e cronista, formado em Letras e Filosofia pela PUC-Minas, é também Capitão da Polícia Militar de Minas Gerais. A poesia é o seu refúgio. A escrita é sua salvação. E o olhar descontraído para os detalhes dessa história é o nosso ideal de fazer rir, diz Carlos Nunes.

 O texto possibilita identificar a singularidade de Francisco que habita as  nossas mais diversas relações de interatividade com o outro, com o mundo, com nós próprios.  Rompe com as convenções culturais e coletivas que caracterizam o mundo contemporâneo, com seu estilo e verdades tão diversificados, recriando seus múltiplos significados. Na peça, a poesia e o humor assumem o domínio da alegria.  Mais uma vez, o ator Carlos Nunes assume a arte de fazer rir e divertir os seus espectadores.

                                                                                Teatro Pátio Savassi

Av. Contorno, 6061 – São Pedro

04/06 |sábado, 21h

R$60 (inteira) | R$30 (Meia)

Vendas online: sympla.com.br