BH realiza 2º Fórum da Rede Municipal de Pontos de Cultura – 7 a 9/11

Estarão presentes membros do Ministério da Cultura, governo municipal e da sociedade civil – representada por mais de 240 iniciativas do segmento cultural -, que irão discutir os desafios e metas para fortalecer a rede de pontos da cidade.

No período de 7 a 9 de novembro a Política Cultura Viva ganha destaque na capital com a realização do Fórum e da Teia dos Pontos de Cultura. Um momento importante de encontro, celebração, debate e construção coletiva da Política Municipal Cultura Viva, que tem como objetivo reconhecer, articular, fomentar e valorizar entidades, coletivos e agentes culturais em suas comunidades e diferentes territórios.

Nos dias 7 e 8 de novembro, sexta-feira e sábado, acontecerá o 2º Fórum Municipal da Rede Pontos de Cultura, uma realização da Prefeitura de Belo Horizonte em parceria com o Instituto AbraPalavra, Pontão de Cultura de BH. Durante o evento, que acontecerá no Teatro Francisco Nunes, membros dos governos municipal e federal e da sociedade civil – se encontram para debater a política Cultura Viva, em Belo Horizonte – primeira capital a adotar a política Cultura Viva em âmbito municipal. A proposta é reunir mais de 240 pontos reconhecidos na cidade para discutir não só a implementação da política, mas também a vida cultural nos territórios: como descentralizar recursos, quais formações são prioritárias, quais estratégias de comunicação fortalecem a rede. A programação completa do 2º Fórum está disponível no Portal da PBH.

A secretária municipal de Cultura, Eliane Parreiras, ressaltou a relevância do 2º Fórum da Rede Municipal dos Pontos de Cultura de BH como um espaço essencial de diálogo, articulação e fortalecimento da democracia cultural na cidade. “O Fórum é um espaço importantíssimo de diálogo e articulação. A Política Cultura Viva tem como fundamento a cogestão e a construção coletiva, e o Fórum representa o fortalecimento da democracia cultural ao reunir os Pontos de Cultura – agentes, coletivos e instituições que fazem a cultura acontecer nos territórios. É nesse espaço que as vozes dos fazedores de cultura podem influenciar diretamente as decisões sobre financiamento, gestão e prioridades da Política Municipal Cultura Viva em nossa cidade”, destacou Parreiras.

A secretária também enfatizou o crescimento e o fortalecimento da Política Cultura Viva em Belo Horizonte, evidenciado pela ampliação da rede de Pontos de Cultura, pela crescente participação em editais e programas de fomento, e pela integração com outras políticas culturais do município. “Nosso compromisso é manter e ampliar essa valorização do Cultura Viva na cidade”, completou Eliane Parreiras.

A Diretora de Políticas Culturais e Participação Social da Secretaria Municipal de Cultura, Françoise Jean, ressalta que o Fórum “é uma oportunidade única para fortalecer a rede de pontos de cultura de BH (composta por cerca de 240 pontos), de compartilhar experiências e reafirmar o papel transformador da cultura como instrumento de cidadania e inclusão. Participar é garantir que cada ponto de cultura — com sua identidade, trajetória e potência — contribua para moldar uma política pública mais justa, diversa e participativa. É o momento de fazer valer o protagonismo dos fazedores de cultura e construir, juntos, os caminhos para uma Belo Horizonte viva, criativa e plural”, afirma.

Na abertura do 2º Fórum Municipal da Rede Pontos de Cultura, que acontece na sexta-feira (7/11), às 9h, estarão presentes o Diretor Nacional da Política Cultura Viva, João Pontes, a e Coordenadora do Escritório do MinC em Minas Gerais, Ana Tereza Brandão, a Secretária Municipal de Cultura, Eliane Parreiras, a Diretora de Políticas Culturais e Participação Social, Françoise Jean, a presidenta da Fundação Municipal de Cultura, Bárbara Bof, a vereadora Cida Falabella, a presidente do Instituto AbraPalavra, Aline Cântia, o representante do Pontão Nacional Cultura, Fernando Chagas e do Pontão Minas é Muitas, Nil César.

Ainda pela manhã, haverá um relato da Comissão Municipal dos Pontos de Cultura, eleita no 1º Fórum e em seguida, a apresentação, por regional, de todos os Pontos de Cultura presentes.

Às 14 horas será realizada a mesa “Política Nacional Cultura Viva: conexões entre o local e o nacional”, a proposta é colocar emdiálogo as três dimensões que sustentam a Política Nacional Cultura Viva: o plano nacional, o municipal e o territorial, buscandorefletir como a política se concretiza na prática, a partir da escuta dos territórios e da cooperação entre o Estado e a sociedade civil. Participam da mesa, João Pontes, Françoise Jean e Mestre Primo, importante agente cultural de BH, sob a mediação de Nil César, que abordarão os desafios contemporâneos da cogestão cultural, as estratégias de financiamento, formação e rede, e o papel simbólico dos mestres e fazedores de cultura na sustentação da Cultura Viva como política de Estado e expressão das diversidades brasileiras.

Na mesa “As relações entre Política Cultura Viva e Economia Solidária”, marcada para às 16h, a proposta é debater sobre os vínculos entre a Política Nacional e Municipal de Cultura Viva e os princípios da Economia Solidária. Durante a discussão, conduzida por José Márcio Barros (ODC) e Denise Fantini (Cio da Terra), será abordada a atuação dos Pontos e Pontões de Cultura como empreendimentos solidários, baseada em autogestão, cooperação e valorização dos saberes locais.

No sábado (8/11), a manhã começa com apresentação do Programa de Valorização das Vilas e Favelas da Prefeitura, pela Coordenadoria Especial de Vilas e Favelas da PBH. Neste momento será criada a Rede Municipal dos Pontos de Cultura de Vilas e Favelas, com o objetivo de integrar a Política Cultura Viva Municipal a outras políticas públicas da PBH, de maneira transversal e dinâmica.

Em seguida, acontece a mesa “História da Política Nacional Cultura Viva: quem somos e para onde queremos ir”. O objetivoé refletir sobre a trajetória histórica e conceitual da Política Nacional Cultura Viva, desde a criação como movimento social até a consolidação como política pública de Estado. Com as presenças deDavy Alexandrivisky (Campus Avançado), Manuela Abnadur e Ariadne Mendes (Loucura Suburbana), sob a mediação de Fernando Chagas (AbraPalavra) e Alessandro Silva (Kolping), a proposta é compreender como a história do programa se reflete nos contextos locais, como o de Belo Horizonte, e quais caminhos se desenham para o futuro da Cultura Viva.

No início da tarde, a mesa “Pontões de Cultura: o papel da articulação territorial e temática na Cultura Viva” traz discussões sobreaestratégia dos Pontões de Cultura como instâncias de articulação, formação e fortalecimento de redes dentro da Política Nacional e Municipal de Cultura Viva. Participam os coordenadores de Pontões de Cultura Nil César e Aline Cântia e a pesquisadora Luana Vilutis, sob a mediação de Mariana Botelho (Mucury Cultural) e Maria Tereza (Humaitá). Para a coordenadora do Pontão AbraPalavra, Aline Cântia, “o propósito é evidenciar como os Pontões atuam na sistematização de práticas, na promoção de formações integradas e na construção de agendas coletivas, contribuindo para consolidar a Cultura Viva como política de Estado e instrumento de democratização da cultura em Belo Horizonte e no Brasil”,

Como encerramento, acontece a plenária de devolutiva das mesas e a sistematização das Propostas e, ao final, a votação e constituição da nova Comissão dos Pontos de Cultura, seguida de leitura e aprovação da Carta do 2º Fórum Municipal dos Pontos de Cultura de Belo Horizonte.

Como forma de garantir ampla participação e escuta qualificada da rede, o Fórum Municipal dos Pontos de Cultura de Belo Horizonte foi precedido pela realização de três Pré-Fóruns Regionais, ao longo do mês de outubro, que permitiram a troca de experiências com base nas realidades territoriais de cada Ponto de Cultura, respeitando suas diversidades e especificidades. Os encontros reuniram mais de 150 pessoas com ampla participação social, diálogos ricos e fortalecimento da rede. A sistematização dos diagnósticos regionais foram transformadas em insumos essenciais para orientar as discussões, definir prioridades e elaborar estratégias conjuntas de fortalecimento da Rede.

CULTURA VIVA E BELO HORIZONTE

Política Nacional Cultura Viva (PNCV) é um dos marcos mais inovadores da política cultural brasileira nas últimas décadas. Instituída pela Lei nº 13.018/2014, ela nasce da experiência acumulada desde 2004, com a criação do programa Cultura Viva e dos Pontos de Cultura pelo Ministério da Cultura. A política Cultura Viva é centrada na participação social, na diversidade cultural e na autonomia das comunidades. Os Pontos de Cultura são o coração dessa política: organizações da sociedade civil ou coletivos culturais reconhecidos e apoiados pelo Estado, mas que mantêm sua autonomia criativa e gestão própria.

No âmbito nacional, o Fórum Nacional dos Pontos de Cultura surgiu como resposta à necessidade de articulação entre milhares de iniciativas espalhadas pelo Brasil. É nesse espaço que se consolidam pautas como a Lei Cultura Viva, a defesa dos Pontos frente a cortes orçamentários, e a construção de diretrizes para editais, formações e estratégias de mobilização.

Belo Horizonte, capital pioneira na municipalização da Cultura Viva, também avançou ao realizar, em 2023, o 1º Fórum Municipal dos Pontos de Cultura. O Fórum Municipal de BH cumpre a função de reunir os Pontos reconhecidos na cidade para discutir não só a implementação da política, mas também a vida cultural nos territórios: como descentralizar recursos, quais formações são prioritárias, quais estratégias de comunicação fortalecem a rede.

O Fórum nasce como espaço legítimo de participação social, onde os próprios Pontos de Cultura pautam a Prefeitura, constroem coletivamente os rumos da política e legitimam a Comissão Municipal dos Pontos de Cultura, colegiado que mantém interlocução permanente com a Secretaria Municipal de Cultura. O fato de Belo Horizonte já realizar seu segundo Fórum Municipal aponta para a consolidação de uma prática democrática e comunitária dentro da política cultural da cidade.

PROGRAMAÇÃO COMPLETA

07/11, SEXTA-FEIRA

8h30 – 9h – Café da Manhã, Intervenção Artística e Credenciamento

9h – Instituto AbraPalavra abre convidando para a Mesa de Abertura 2º Fórum Municipal da Rede de Pontos de Cultura de Belo Horizonte com Ministério da Cultura

10h30 – Relato da Comissão Municipal dos Pontos de Cultura e Apresentação dos Pontos de Cultura no palco, por regional.

12h30 às 14h – Intervalo almoço 

14h – Mesa 01 – Política Nacional Cultura Viva: conexões entre o local e o nacional

Convidados: João Pontes, Françoise Jean, Mestre PrimoMediação: Nil César

15h40 às 16h00 – Intervalo Café

16h00 às 17h45 – Mesa 2 

Tema: As relações entre Política Cultura Viva e Economia Solidária 

Com José Márcio Barros (ODC) e Cio da Terra (Denise Fantini)

17h – Sistematização das Mesas e encaminhamentos

18h – Apresentação Artística

08/11, SÁBADO

8h30 às 9h – Café da Manhã

9h – 9h15 – Apresentação do Programa de Valorização das Vilas e Favelas da Prefeitura, pela Coordenadoria Especial de Vilas e Favelas da PBH José Adeilson Colares, Coordenador Adjunto da Coordenadoria Especial de Vilas e Favelas

9h15 – 9h45 – Criação da Rede Municipal de Pontos de Cultura de Vilas e Favelas

9h45 – Mesa “História da Política Nacional Cultura Viva: quem somos e para onde queremos ir”. ComDavy Alexandrivisky (Campus Avançado), Manuela Abnadur e Ariadne Mendes (Loucura Suburbana). Mediação: Fernando Chagas (AbraPalavra) e Alessandro Silva (Kolping) 

12h30 – 14h – Intervalo almoço

14h – Mesa – Pontões de Cultura: o papel da articulação territorial e temática na Cultura Viva

Convidados Nil César, Aline Cântia, João Pontes e Luana VilutsMediação: Mariana Botelho (Mucury Cultural) e Maria Tereza (Humaitá) 

15h15 – Plenária de Devolutiva das Mesas + Sistematização Propostas

15h40 – 16h – Intervalo Café e Intervenção Artística 

16h – 17h30 – Votação e Constituição da nova Comissão Pontos 

17h30 – Leitura e aprovação da Carta