Sérgio Pererê leva show de “Canções de Outono” a Nova Lima – 27/9

Apresentação na cidade da RMBH acontece no dia 27/9 (sábado), às 16h, em frente ao C.A.S.A., com participação da clarinetista e cantora Thamiris Cunha; show tem entrada gratuita e integra o Festival 4 Estações – Inverno 2025

Dedicado ao amor e suas “sofrências”, o disco “Canções de Outono”, de Sérgio Pererê (2024), será apresentado ao vivo neste ano, em palcos de cinco cidades mineiras. A circulação começou por Sabará, em agosto, e segue para Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), onde o show acontece no dia 27/9, sábado, às 16h, em frente ao C.A.S.A. (Centro de Arte Suspensa e Armatrux.

A apresentação, que é gratuita e integra a programação do Festival 4 Estações – Primavera 2025″, contará com a participação da clarinetista e cantora mineira Thamiris Cunha. O projeto tem patrocínio da CEMIG, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais.

“Canções de Outono” reúne músicas que versam sobre o amor de forma declaratória, bebendo diretamente na fonte da chamada sofrência — e explorando um mundo diverso de gêneros e ritmos, como o tango, o forró, o samba e as percussões africanas, indo muito além do estereótipo do sertanejo. Cada uma das 14 faixas conta com participações de cantoras de destaque da cena nacional, como Fernanda Takai, Mônica Salmaso, Letrux, Maíra Freitas, Trio Amaranto, Coral, Azula, entre outras.

Sobre o disco

Toda a concepção de “Canções de Outono” nasceu durante a pandemia, quando Sérgio Pererê começou a reparar com mais atenção as músicas que seus vizinhos escolhiam ouvir no maior período de isolamento social do último século. E notou uma coincidência em comum nos sons que chegavam na janela da sua casa, em Belo Horizonte: a sofrência soando alto. “Fiquei intrigado em perceber que as músicas dos meus vizinhos eram quase todas de sofrência, seja sertanejo, rock, samba, MPB etc. E, quando falamos de sofrência, na verdade o assunto é o amor e os seus dramas”, avalia Pererê.

Nessa atmosfera, vieram à tona mais de 30 músicas — sendo que 14 entraram no disco —, compostas no formato de voz e violão, de forma solitária, e inspiradas por mestres da sofrência, que vão de Marília Mendonça a Péricles, de Nelson Cavaquinho a Chico Buarque, de Pablo do Arrocha a Cartola. “Comecei a ouvir muito esses artistas. E entender a potência de músicas muito populares, dessas que tocam em uma jukebox de bar e todo mundo sabe cantar. É porque elas despertam um sentimento quase imediato na gente. E esse é um lugar de muita sensibilidade, não só de tristeza”, analisa Pererê.

Com produção de Richard Neves, tecladista do Pato Fu e multi-artista que já trabalhou com nomes como Milton Nascimento, Ivete Sangalo e Samuel Rosa, “Canções de Outono” tem em seu pano de fundo a sonoridade conhecida de Pererê, com marimbas, mbiras, flautas de bambu e muitos tambores. Mas ganhou timbres eletrônicos dançantes, violões alegres, sanfonas soltas e outros elementos de cadências pop, além das vozes de mulheres em todas as músicas, como uma homenagem de Pererê a cantoras que o acompanham ao longo de mais de 25 anos de carreira. 

“Esse é um álbum que ganhou vida pela interpretação das mulheres que me acompanham. Eu quis trazer parceiras de vários estilos e muitas delas ficaram de fora, mas é minha homenagem às cantoras e às vozes femininas que sempre estiveram nos meus discos e nos palcos por onde toquei”, diz Pererê.

Músicas

As desilusões e desconsolos estão lá, em músicas como a balada “Do Nada”, que remete às inspiradas canções românticas de Vander Lee, e ganha um ar bucólico com a interpretação da cantora Coral, avolumada por violões de aço, sitar indiano e percussões eletrônicas e acústicas. 

Há também a alegria do forró em “Saudade com Desassossego”, entoado pela pernambucana radicada em Minas, Talita Sanha; a paz suave da voz de Fernanda Takai em “Seguindo em frente”; e a festança promovida por Lia Itamaracá, a maior referência cirandeira do Brasil, responsável por dar vida à ciranda “Que fale de chuva”. E não só. 

Na canção “Submundo”, estrelada pela visceral Letrux, um berimbau e a batida eletrônica conduzem os versos emancipadores: “me larga, me solta, me deixa / vê se me esquece”. E aqui a dor vem alimentada de amor próprio. Já em “Benkerê”, as vocalizações femininas inconfundíveis do Trio Amaranto, encorpadas essencialmente por tambores, transformam a ideia de sofrimento em brotação, renovação e esperança. 

Até mesmo nas músicas mais dramáticas, como é o caso do tango “Beijo de Deus”, com interpretação arrebatadora da cantora carioca Azula ao lado de um quarteto de cordas eruditas, a dor assume um papel de superação, lembrando uma magia de influências que vão de Waldick Soriano a Sidney Magal: “você comeu minha comida / me consumiu, me bebeu / deixando o gosto amargo do seu beijo de adeus”.

CEMIG: A energia da cultura 

O projeto tem patrocínio da CEMIG, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais. Como a maior incentivadora da cultura em Minas Gerais, a Cemig segue investindo e apoiando as diferentes produções artísticas existentes nas várias regiões do estado. Afinal, fortalecer e impulsionar o setor cultural mineiro é um compromisso da Companhia, refletindo seu propósito de transformar vidas com energia. 

Ao abraçar a cultura em toda a sua diversidade, a Cemig potencializa, ao mesmo tempo que preserva, a memória e a identidade do povo mineiro. Assim, os projetos incentivados pela empresa trazem na essência a importância da tradição e do resgate da história, sem, contudo, deixar de lado a presença da inovação. Apoiar iniciativas como essa reforça a atuação da Cemig em ampliar, no estado, o acesso às práticas culturais e em buscar uma maior democratização dos seus incentivos. 

Show “Canções de Outono”, de Sérgio Pererê

Em Nova Lima – Com participação de Thamiris Cunha

Quando. 27/9/25 (sábado), às 16h

Onde. Em frente ao C.AS.A. – Centro de Arte Suspensa e Armatrux

(Rua Himalaia, 69, Vale do Sol – Nova Lima)

Quanto. Entrada gratuita