Nova exposição “Oriará – Arte e Educação em Movimento” apresenta obras de artistas negros e indígenas de diferente regiões do Estado. Mostra percorrerá as cidades de Belo Horizonte, Belo Vale, Jaíba, Congonhas, Curvelo, Itabira, São Gonçalo do Rio Abaixo, Barão de Cocais, Brumadinho e Nova Lima durante o primeiro semestre de 2025. Oriará será inaugurada no dia 15 de janeiro no Parque Municipal em Belo Horizonte
O Memorial Minas Gerais Vale apresenta sua nova exposição, “Oriará – Arte e Educação em Movimento”, que traz obras de seis artistas negros e indígenas, representantes de diversas regiões de Minas, propondo reflexões sobre temas como oralidade, território, linguagem, tecnologias e bem viver. A mostra, que integra o projeto Memorial Vale Itinerante, levará arte contemporânea e reflexões sobre as heranças culturais indígenas e afro-brasileiras a 10 cidades mineiras em uma carreta de 15 metros de comprimento, especialmente adaptada para o transporte e a exibição das obras. Além da exposição, cada localidade receberá diversas atividades culturais e educativas durante o período que a mostra permanecerá na cidade. A primeira parada de “Oriará” será no Parque Municipal, em Belo Horizonte, de 15 de janeiro até 08 de fevereiro com visitação gratuita de terça a domingo, das 9h às 17h.
Com curadoria do Programa Educativo do Memorial Vale, a exposição utiliza a arte como ferramenta de diálogo e encontro, buscando aproximar o público de perspectivas importantes sobre a história coletiva. Além da capital, “Oriará” visitará Belo Vale, Jaíba, Congonhas, Curvelo, Itabira, São Gonçalo do Rio Abaixo, Barão de Cocais, Brumadinho e Nova Lima, alcançando um público potencial de mais de 2,8 milhões de pessoas. “O Memorial Vale acumula em sua trajetória muitas experiências e práticas que privilegiam as tecnologias e as histórias dos povos originários e afro-brasileiros no território mineiro, como a exposição itinerante Africanidades e Mineiridades, ações com aldeia indígena Katurãma dos povos Pataxó e Pataxó Hã hã Hãe, a instalação educativa Sementes da Diáspora, dentre outras. A exposição Oriará oferece uma oportunidade única de conhecer a produção artística contemporânea mineira e aprofundar o conhecimento sobre as culturas indígenas e afro-brasileiras”, explica Wagner Tameirão, gestor do Memorial Vale.
“Ori” é uma palavra que vem do Yorubá, cujo significado literal é cabeça. É raiz da palavra Orixá, que designa divindades africanas cultuadas nos territórios brasileiros. Pode-se considerar que “Ori” se refere a um orixá que vive dentro das nossas cabeças, manifestando-se como uma faísca de vida que nos habita. “Ará”, conforme o dicionário Tupi-Guarani, tem alguns significados: dia, sol, nascer, surgir, todo ser vivente, tempo. “Oriará” abre caminhos para a transmissão de conhecimentos e compartilhamento de ideias, volta-se aos modos de vida e à própria presença dos povos indígenas e afro centrados.
Para traduzir o conceito da exposição Oriará, a curadoria estabeleceu três eixos fundamentais: Cotidianos, com reflexões sobre o modo de viver e meio em que se vive; (Re)Existências, com estratégias para viver e existir, e Futuros, com elaborações sobre um futuro abundante construído a partir da ancestralidade. Tais eixos representam distintos pontos de partida para as discussões e os diálogos propostos, relativos à força e à importância das presenças indígenas e afro-brasileiras na sociedade.
ORIARÁ: ARTE E EDUCAÇÃO EM MOVIMENTO
Obras de Edgar Kanaykõ Xakriabá, Maria Lira, Aldeia Floresta Maxakali, Froiid, Marcel Dyogo, Dayane Tropicaos e Jorge dos Anjos, com curadoria e mediação do Programa Educativo do Memorial Minas Gerais Vale.
Abertura: Dia 15 de janeiro, quarta-feira.
Local: Parque Municipal Américo Renné Giannetti (Grande Gramado) – Av. Afonso Pena, 1377 – Centro, Belo Horizonte
Visitação: de 15 de janeiro até 08 de fevereiro de terça a domingo, das 9h às 17h.
Mais informações: www.memorialvale.com.br / @memorialvale
Entrada gratuita
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