Inscrições estarão abertas até dia 30/8 para seleção de quatro artistas locais que irão desenvolver grandes murais artísticos nas sedes da Copasa, guiados por reflexões sobre sobre a necessidade da preservação da água
Dando sequência ao projeto destinado a transformar as cidades do interior em galerias de arte a céu aberto, a 2ª edição do Arte nas Águas de Minas chega aos municípios de Frutal, no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, e Pompéu, na região Central. Os editais para selecionar quatro artistas locais, sendo dois por região, ficam abertos até 30/8, às 23h59. As inscrições podem ser realizadas por meio de formulário disponível neste link.
Além de Frutal e Pompéu, os processos de seleção contemplam moradores das cidades vizinhas de Campina Verde, Carneirinho, Comendador Gomes, Fronteira, Itapagipe, Iturama, Limeira do Oeste, Pirajuba, Planura, São Francisco de Sales e União de Minas (próximas à Frutal); e Abaeté, Biquinhas, Cedro do Abaeté, Morada Nova de Minas, Paineiras e Três Marias (próximas a Pompéu).
Realizado pelo Ministério da Cultura e pela APPA – Cultura & Patrimônio, o Arte nas Águas de Minas é patrocinado pela Copasa e viabilizado pelo Governo Federal – União e Reconstrução, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet.
Frutal e Pompéu
Em Frutal, a nova galeria de arte será instalada no centro da cidade, na rua João Euclides Souza, n° 252, em um espaço de mais de 100 m². Já em Pompéu, seguindo a mesma linha, as pinturas vão acontecer na rua Padre João Porto, nº 597, no centro, em frente à movimentada Praça Carlos Eloi — ponto de encontro tradicional dos moradores. Como em toda etapa, artistas nacionais convidados do projeto, e que ainda serão divulgados para Frutal e Pompéu, participam da criação de obras inéditas junto aos talentos locais.
Durante todo o processo de criação, o público poderá acompanhar de perto a produção das obras e interagir com os artistas, aprendendo sobre diferentes técnicas das artes visuais, como a pintura e o grafite em grande escala. A ideia é que cada obra produza um legado cultural e social para os moradores das regiões beneficiadas.
Além da entrega dos murais artísticos, a 2ª edição do Arte nas Águas de Minas promove uma oficina de arte urbana gratuita em cada um dos municípios participantes. Em Frutal, o encontro acontece no dia 20/10. Em Pompéu, as aulas serão realizadas em 13/11. Os detalhes para inscrições serão divulgados neste link.
Inauguração em Brasília de Minas
Na próxima segunda-feira, (25/8), serão inaugurados os murais desenvolvidos em Brasília de Minas, no Norte do Estado. As obras assinadas por Paulo Henrique Barboza Magalhães (PH Arts) e Abias Gabriel Pereira, selecionados por edital, e Thiago Mazza, convidado nacional para esta etapa, serão apresentadas ao público na solenidade realizada na rua Sete de Setembro, nº 307, no Centro da cidade, às 10h.
Para a coordenadora de projetos da APPA – Cultura & Patrimônio e da 2ª edição do Arte nas Águas de Minas, Luciana Veloso, as entregas de grandes obras artísticas pelo interior de Minas Gerais materializa o principal objetivo do projeto: modificar a rotina dos moradores do interior, levando reflexões sobre sustentabilidade e pertencimento por meio da arte.
“O Arte nas Águas é sobre transformar o que parecia invisível em algo que salta aos olhos. Trazer beleza, reflexão e, principalmente, pertencimento aos cidadãos. A arte urbana tem essa força bonita a mais porque ela fica no caminho das pessoas. E transforma o dia a dia de todos. Por que o que antes parecia comum, agora promove beleza, reflexão e críticas. E esse é o poder da arte”, avalia Luciana.
2ª edição do Arte nas Águas de Minas
Misturando arte urbana, mobilização social e conscientização ambiental, a 2ª edição do Arte nas Águas de Minas chegou às cidades de Alfenas, Brasília de Minas, Teófilo Otoni e, agora, Frutal e Pompéu. Em novembro, o projeto desembarca em Belo Horizonte para sua etapa final, onde acontecerá uma grande exposição de arte, reunindo obras de todos os artistas do projeto. Confira o mapa das cidades aqui.
Nesta edição, o Arte nas Águas de Minas reúne 18 artistas, sendo seis nacionais, escolhidos pela curadoria de Juliana Flores (CURA, Festa da Luz, MAMU, Breve Arte), e 12 artistas locais, selecionados por edital público aberto nas cidades participantes. Como na primeira edição, em cada cidade, dois artistas locais terão a oportunidade de dividir muros e histórias com um artista de renome nacional.
Toda essa pluralidade de expressões democratiza o acesso à arte, mas também cria pontes para engajar as comunidades em torno do tema mais urgente e atual que é a preservação da água, como reforça Cleyson Jacomini, Diretor de Clientes, Comunicação e Sustentabilidade da Copasa.
“A arte tem o poder de comunicar de forma universal. Ao apoiar suas diversas linguagens, amplificamos a mensagem de que a água é um bem coletivo, mas finito. Esses murais são mais do que intervenções estéticas; são ferramentas de educação ambiental que reforçam nosso vínculo com as comunidades. A nossa atuação vem no sentido de aliar impacto visual e conteúdo transformador, tornando os reservatórios espaços vivos de diálogo sobre a sustentabilidade”, conclui o diretor da Copasa
Presidente da APPA – Cultura e Patrimônio, Xavier Vieira reitera o potencial transformador do projeto, destacando seus principais desdobramentos. “A segunda etapa do Arte nas Águas de Minas vem chancelar a importância do projeto como fomentador de transformação social, ambiental e cultural para a sociedade. Além disso, vem reforçar nossa parceria com a Copasa, e contribuir para seu vínculo com as comunidades do entorno de seus reservatórios, que podem desfrutar de uma galeria a céu aberto, que reflete sobre temas caros ao cenário contemporâneo”.
Histórico
O Arte nas Águas de Minas é uma iniciativa pioneira da APPA – Cultura & Patrimônio, com patrocínio da Copasa, e viabilizado pelo Governo Federal, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet). Na primeira edição, entre outubro de 2024 e março de 2025, foram criados murais para outras seis cidades mineiras, assinados pelos artistas Bicicleta Sem Freio, Pinguim e Mika (Divinópolis); Juliana Gontijo, Rafael Lacruz e Zi Reis (Contagem); Ramon Martins, Matheus Black e Marlette Menezes (Araxá); Fênix, Prado Neto e Tadeo 180 (Pouso Alegre); Bozó Bacamarte, Bela Parada e Léo Caxeta (Montes Claros); Luna Bastos, Thiago Moska e Leonardo “Cisco” Advíncola (Coronel Fabriciano).
APPA – Cultura & Patrimônio
A APPA – Cultura & Patrimônio é uma associação cultural, sediada em Belo Horizonte, de fins não lucrativos, que tem como principal objetivo a promoção de iniciativas artísticas, culturais e patrimoniais que favoreçam o desenvolvimento socioeconômico.
Em mais de 30 anos, a APPA desenvolveu, gerenciou e executou, com sucesso, mais de 240 projetos aprovados em diversos mecanismos de financiamento cultural, como leis de incentivo à cultura e fundos culturais, além do gerenciamento e execução de convênios, termos de parceria, contratos de gestão, termos de ajustamento de conduta, patrocínios não incentivados, entre outros.
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