Nós do Grupo Galpão 14/02 a 16/02

NÓS somos nós, esse coletivo de quase 40 anos de existência e nós, seres humanos e artistas de teatro para lá dos cinquenta, com suas perplexidades, questões, angústias, algumas esperanças e muitos nós”, explica o ator Eduardo Moreira, sobre o que o público pode esperar do espetáculo, primeira parceria do grupo como diretor Marcio Abreu, que também dirigiu a última montagem do grupo, OUTROS. No palco, Antonio Edson, Beto Franco, Eduardo Moreira, Júlio Maciel, Lydia Del Picchia, Paulo André e Teuda Bara celebram a vida enquanto preparam a última sopa e debatem, sob um prisma político, questões do mundo contemporâneo – a intolerância, a violência, a diversidade, a convivência com a diferença.

Em cena, noções de proximidade e convivência. Proximidade entre ator e espectador, cena e plateia, ator e personagem, ser-social e ser-poético, realidade e ficção. Convivência entre diferenças, onde o outro dá a dimensão da nossa existência. Pontes entre teatro, performance, música e literatura. E, ainda, entre as dimensões do que é privado e o que é público, do que está dentro e do se apresenta fora. “Nós” propõe uma encenação que afirma a convivência com o público, no momento da apresentação, como elemento dramatúrgico, e ao mesmo tempo, sua presença, como ato criativo.

Para chegar nesse resultado, tudo começou em 2014, quando Marcio Abreu foi convidado para a direção de “NÓS”. Na época os atores se entregavam a exercícios solo, com o objetivo de contemplar desejos individuais e criar alternativas para um projeto coletivo. O diálogo e o confronto entre o coletivo e os anseios de cada artista se manifestavam de maneira urgente, num grupo de atores com mais de três décadas de convivência artística diária.

Nesse contexto, a criação teatral seria um ato de pura incompletude, em que se faz necessário recomeçar sempre, mesmo que não se saiba nem como, nem por quê. “Obstinado como o próprio “fazer teatral”, ofício de que não desistimos nunca e continuamos em frente, mesmo que os tempos pareçam demasiado sombrios. Ato pelo qual esperamos sempre reafirmar que seguimos vivos, ato de reinvenção”, completa, Eduardo Moreira.

Sinopse
Enquanto preparam a última sopa, sete pessoas partilham angústias, algumas esperanças e muitos nós. A 23º montagem do Grupo Galpão, dirigida por Marcio Abreu, debate questões atuais, como violência e intolerância, a partir de uma dimensão política. No espetáculo, a plateia é convidada a presenciar situações de opressão e de convívio com a diferença, provocadas pelas relações de proximidade entre artista e espectador, ator e personagem, cena e plateia, público e privado, realidade e ficção. O espetáculo foi gerado a partir de um mergulho radical na experiência do grupo que tem 37 anos de existência.

Estreia: 2016 | Classificação: 16 anos | Duração: 90 minutos | Gênero: teatro contemporâneo
Dir: Marcio Abreu
 14,15 e 16 de fevereiro de 2020

Sexta e sábado, às 21h, domingo às 20h

Teatro do Centro Cultural Minas Tênis Clube (R. Bahia, 2244 – Belo Horizonte)

Ingressos: R$20 | Venda antecipada no site: www.vaaoteatromg.com.br e nos postos Sinparc
R$ 42 (inteira) e R$ 21 (meia) | Na bilheteria do teatro, uma hora antes do espetáculo. Sujeito à disponibilidade.

Mais informações: (31) 3516-1360