Irmãs levam para o palco do Feluma interpretações próprias de canções atemporais
O NoTrês nasceu oficialmente em 2020, mas vem de muito antes, atravessando gerações e memórias. É uma história que começou no sopro firme do trompete do vovô José, nas canções doces da Vovó Hortência, do Vovô Vicente e da Vovó Corina, nas melodias da infância embaladas por discos de vinil, marchinhas de carnaval e cantigas que enchiam a casa. Da música celta e do rock carioca da mãe aos batuques ouro-pretanos do pai, tudo na vida de Maria Teresa, Laura e Beatriz foi moldado por uma trilha sonora viva e plural.
Crescer em uma família assim significou aprender cedo que música não é apenas som, é linguagem, é afeto, é forma de estar junto. Nas reuniões familiares, havia sempre uma canção; nos silêncios, havia sempre um acorde prestes a nascer. Dessa convivência nasceu também a necessidade de cantar juntas.
“Quando cantamos, sentimos que estamos em casa de novo. É como se a música costurasse em nós tudo o que somos e tudo o que herdamos”, conta Maria Teresa, a irmã mais velha, que iniciou seu caminho musical na flauta e na ópera. Laura, a do meio, experimentou piano e flauta transversal até encontrar na voz seu verdadeiro instrumento. Já Beatriz, a caçula, cresceu no meio desse universo sonoro e transformou a música em forma de identidade.
Assim, em 2020, em meio ao silêncio imposto pela pandemia, surgiu o NoTrês. Primeiro nas redes sociais, depois em pequenos encontros, até ganhar forma em palcos e eventos. E o que começou como um gesto de afeto entre irmãs se transformou em projeto artístico, sem perder a essência.
O repertório do trio traz interpretações próprias de músicas já consagradas. De MPB a jazz, de samba a blues, de rock a soul, o NoTrês faz das releituras um ato de delicadeza, resgatando canções conhecidas e as oferecendo ao público com a intimidade das vozes das irmãs. “Cada música que escolhemos cantar atravessa a nossa história. E ela deixa de ser apenas do passado e passa a ser também nossa, porque se mistura ao que sentimos no presente”, explica Laura.
Esse caminho, que mistura herança, afeto e identidade, ganha agora um palco à altura. No próximo dia 20 de setembro, às 20h, no Teatro Feluma, o NoTrês apresenta o show “A Canção é Tudo”. No palco, as irmãs estarão acompanhadas dos músicos Leandro Aguiar (violão e guitarra), Paulo Moreira (baixo), Elton Brandi (flauta e saxofone), Rafael Matos (bateria e percussão) e Rafael Mazoni (teclado). O show conta com a direção musical de Leandro Aguiar e com a produção de grandes referências dos palcos mineiros, Babaya Morais e Celinha Braga.
Mais do que um espetáculo, é um retrato dessa trajetória e um convite à partilha. “Cantar é como abrir um diário invisível: cada música nos leva a um lugar da memória e, ao mesmo tempo, cria novas lembranças com quem escuta”, reflete Beatriz.
Para o NoTrês, a canção é mesmo tudo: é casa, é lembrança, é espelho. E, no dia 20, cada pessoa da plateia será parte dessa história!
NoTrês – Show “A Canção é Tudo”
Local: Teatro Feluma (Alameda Ezequiel Dias, 275 – 7º Andar – Centro, Belo Horizonte/MG)
Ingressos: Sympla (https://bileto.sympla.com.br/event/109911/d/334721/s/2274492)
Data: 20 de setembro de 2025
Horário: 20h
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