Exposição Teresinha Soares 14/04 a 01/07

A artista mineira Teresinha Soares transita pela pintura, instalação, desenho, gravura e serigrafia. Toda a multiplicidade de sua obra compõe a exposição Teresinha Soares, que abrange todos os anos de produção da artista e suas apropriações de temáticas como o corpo e a sexualidade feminina, a identidade do indivíduo, os costumes morais, o consumo e a política.

Em meio ao conjunto de 72 obras de cores fortes e vivas, produzidas durante as décadas de 1960 e 1970, a exposição conta com o consagrado álbum de serigrafias Eurótica e trabalhos emblemáticos da trajetória da artista, como as instalações Túmulos (1972-73), Bandejas (1971-2017) e o Altar do Sacrifício (1973), além de três séries inéditas de desenhos em preto e branco que remetem ao início da carreira. A curadoria é da historiadora e crítica de arte Marília Andrés Ribeiro.

Natural de Araxá, Teresinha Soares irrompeu no cenário artístico com uma arte inquietante, libertária e crítica. Utilizando elementos da pop art e da performance, chocou a “tradicional família mineira” com seus objetos, happenings e desenhos eróticos, ocupando um lugar que, segundo as normas da época, era exclusivo dos homens. A artista criou instalações que convidam o público a interagir com as obras, celebrando a liberdade de expressão, a sexualidade, o amor, a vida e a morte – buscando, principalmente, reconhecimento pelos direitos da mulher.

A personalidade forte da artista retorna ao Palácio das Artes, local em que realizou um dos módulos de sua primeira performance, Túmulos, em 1973. Segundo Marilia Andrés Ribeiro, a exposição na Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard é um verdadeiro manifesto “em prol da liberdade de expressão, da consciência da mulher e da defesa do meio ambiente”.

Ainda segundo a curadora, a arte de Teresinha Soares trata com leveza e vigor temas que são discutidos até hoje. “Fizemos um recorte a partir do conceito Corpo: o Corpo da Mulher e o Corpo da Terra​. A partir desse panorama, selecionamos as obras de acordo com sua expressão artística, sem a preocupação de uma retrospectiva cronológica. O público terá a oportunidade de conhecer e apreciar a obra de uma grande artista mineira que teve um papel de vanguarda e de resistência no contexto da arte brasileira durante os anos 1960 e 1970, período da ditadura militar”, conta Marilia.

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 Entre os destaques, três SÉRIES INÉDITAS de desenhos em preto e branco e o consagrado álbum de serigrafias EURÓTICA

  

Local: Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard – Palácio das Artes

Endereço: Av. Afonso Pena, 1537, Centro

Data: 14 de abril a 1º de julho de 2018

Horário: De terça-feira a sábado, das 9h às 21h; domingos, das 16h às 21h

Entrada gratuita

Informações para o público: (31) 3236-7400