A Fundação Municipal de Cultura divulgou a identidade visual que será usada na 10ª edição do Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte – FIQ-BH, que acontecerá de 30 de maio a 3 de junho de 2018, na Serraria Souza Pinto. A imagem foi desenvolvida pela quadrinista Cris Eiko e mantém a tradição do evento de convidar jovens talentos do quadrinho brasileiro para desenvolver a identidade visual do festival, em cada edição.
Cristina Eiko trabalhava com animação e sempre foi apaixonada por Histórias em Quadrinhos. Depois de conhecer o FIQ-BH, em 2009, e se inspirar no trabalho de quadrinistas independentes, lançou com Paulo Crumbim o “Quadrinhos A2”, que já tem 5 volumes impressos. Também em parceria com Paulo, foi convidada a participar das Graphics MSP com “Penadinho – Vida”. Em 2017, lançou sua primeira HQ solo, “Culpa”, pela coleção Ugritos.
Segundo a quadrinista, o sentimento de se ter uma HQ nas mãos inspirou a criação. “Eu quis retratar esse momento em que o leitor ou leitora está com uma boa HQ nas mãos e se sentindo transportado no meio das ideias, das aventuras, o que quer que esteja transbordando daquelas páginas para a vida da pessoa. Daí foi desenhar a ideia, várias versões, sendo que a versão final foi uma que nos chamou a atenção logo de cara, e que precisou só de alguns ajustes e da cor do Paulo Crumbim para virar a identidade visual do FIQ 2018, o qual me sinto muito honrada e grata por ter feito”, afirma Eiko.
O FIQ-BH
Em 1997, quando Belo Horizonte comemorou seu primeiro centenário, a capital foi sede de diversos eventos e homenagens. Um deles, em especial, chamou a atenção de todos, com convidados nacionais e internacionais de renome, transformando BH, pela primeira vez, no maior ponto de encontro latino-americano de HQs. Era a 1ª Bienal de Quadrinhos, realizada nos espaços nobres e históricos da Serraria Souza Pinto. A partir de 1999, rebatizado como Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ), o evento configurou-se como referência obrigatória para os quadrinistas e hoje pode ser considerado o principal do gênero na América Latina.
O FIQ-BH é um espaço propício para o encontro de profissionais e a troca de experiências artísticas e pedagógicas relacionadas à linguagem da arte sequencial. Além das diversas atividades oferecidas, artistas acadêmicos convidados estimulam a capacitação de profissionais e incentivam formação de jovens quadrinistas. A edição mais recente do FIQ-BH, realizada em 2015, recebeu mais de 80 mil pessoas do Brasil e de outros países.
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