Novo teatro busca fomentar as artes e integrá-las à formação e ao ensino acadêmico
Belo Horizonte está prestes a ganhar mais um espaço cultural. Está prevista para 2 de dezembro a inauguração do Teatro Feluma, uma iniciativa da Fundação Educacional Lucas Machado (FELUMA), mantenedora da Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais (FCM-MG). O espaço está localizado no terraço da FCM-MG (Alameda Ezequiel Dias, 275, 7º andar – Centro, BH) e se encontra em fase final de instalação. Será composto pela sala Geraldo Magela Gomes da Cruz – com 410 lugares na plateia e preparada para receber espetáculos teatrais, musicais e de dança –, sala para ensaios, cafeteria e amplo hall, com estrutura para exposições artísticas e lançamentos literários.
Segundo o presidente da FELUMA, Dr. Wagner Eduardo Ferreira, o teatro trará um enorme ganho cultural para artistas, produtores culturais e cidadãos belo-horizontinos. “Vamos abrir o espaço para os artistas do Estado e fomentar todos os segmentos da cultura. A ideia é que o local tenha um valor de utilização acessível, para que produtores viabilizem eventos”, afirma. Outro objetivo da Fundação é utilizar o espaço também para a realização de seminários, congressos científicos e outras atividades acadêmicas.
A curadoria do Teatro FELUMA é do neurocirurgião Prof. Dr. Jair Raso, que, além de lecionar na FCM-MG, é escritor, dramaturgo e diretor teatral, autor de vários textos encenados, como Chico Rosa, Três Mães, A corda e o Livro, Julia e a Memória do Futuro e DDD: Deleite Depois Delete (Grupo Med&Cena). Para ele, a formação científica é tão necessária ao profissional da saúde quanto as questões humanas e, nesse sentido, a cultura tem papel fundamental. “Temos a convicção de que a Medicina e o Teatro se encontram na admiração pela novidade e no respeito pelas tradições. O Teatro ensina ao médico a hora de calar e a hora de falar e facilita a compreensão do contexto do paciente e de seus familiares”, afirma o professor.
Rômulo Duque, presidente do Sindicato dos Produtores de Artes Cênicas de Minas Gerais (Sinparc), comemora o anúncio, principalmente em um momento em que salas de teatro estão sendo fechadas em BH. “Há uma carência de espaços adequados aos artistas e produtores culturais da cidade. Não adianta ter um grande teatro com 800 lugares se o custo é muito alto. Temos que aplaudir essa iniciativa da FELUMA.” Para Maria Magdalena Rodrigues da Silva, presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos de Espetáculos de Minas Gerais, a estrutura do local será importante para resgatar a sinergia entre os integrantes da classe artística do Estado. “Teremos mais uma oportunidade para nos aproximar novamente, pois o teatro vai ser um ponto de encontro e interação.”
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