O Centro Cultural UFMG inaugura a exposição individual O que fica, da artista visual, designer e ilustradora Fabrícia Batista. A mostra reúne pinturas, desenhos e bordados que emergem da memória e dos afetos ligados à maternidade. A abertura será na sexta-feira, 26 de setembro, às 19h. As obras poderão ser vistas até o próximo dia 9 de novembro. A entrada é gratuita, com classificação livre.
Nos últimos dois anos, Batista vem produzindo pinturas, desenhos e bordados sobre os primeiros dias de sua experiência com a maternidade, um momento único e delicado, mas que para muitas mulheres também pode ser exaustivo e solitário.
Movida pelas conexões e reflexões despertadas por suas obras, e impulsionada a explorar um tema ainda fértil e pouco abordado na arte contemporânea, a artista apresenta a exposição O que fica, reunindo trabalhos que emergem da memória e dos afetos ligados à maternidade. A mostra convida o público a uma imersão poética em imagens que habitam tanto na lembrança de quem cuida quanto na de quem recebe cuidado.
O que fica
O processo criativo da artista parte de acervos pessoais de fotografias, que funcionam como pontos de partida para seus desenhos e pinturas. Ao revisitar essas imagens, a artista também revisita suas próprias memórias, promovendo um movimento de transformação no qual o passado é reescrito, repintado e regravado.
Nesse processo, lembranças antigas ganham nova vida e emoções vividas anteriormente são trazidas ao presente. Cada obra é um gesto de ressignificação, carregando a densidade da pintura – guache sobre papel e óleo sobre tela – e a delicadeza das memórias reavivadas.
A autora realiza uma investigação íntima e sensível atravessando o tempo e a experiência, enquanto entrelaça memórias maternas que a conectam tanto como filha quanto como mãe. Suas pinturas e desenhos revelam aquilo que permanece: gestos cotidianos que moldam nossa memória afetiva.
Mais do que compartilhar experiências pessoais, ela convida o público a revisitar suas próprias lembranças, suscitando uma reflexão sobre o cuidado, o tempo e a força feminina que habita em todos nós, independentemente do gênero. O que fica reside na lembrança e nos convida a uma escuta sensível daquilo que persiste, mesmo quando tudo parece já ter passado.
Sobre a artista
Fabrícia Batista vive e trabalha em Belo Horizonte. Graduou-se em design gráfico pela Escola de Design – UEMG (2007) e em Artes Plásticas pela Escola Guignard – UEMG (2014). É pós-graduada em Processos Criativos em Palavra e Imagem pela PUC Minas (2015) e mestra em Artes pela Escola Guignard – UEMG (2024). Sua produção concentra-se principalmente na pintura e no desenho. Realizou exposições individuais no Centro Cultural UFSJ, em São João del Rei – MG (2024), no Café com Letras, em Belo Horizonte – MG (2015), no Espaço das Artes do Big Shopping (2013) e na Galeria da Prefeitura de Contagem – MG (2011). Participou de mostras coletivas em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, com destaque para a exposição Corações à Desmedida (2023 e 2024), o 3º Salão das Artes de Guararema (Menção Honrosa, 2023), o Enearte (2023) e a Galeria de Arte da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (2011).
Exposição ‘O que fica’ – Fabrícia Batista
Data da abertura: 26 de setembro de 2025
Horário: 19h
Centro Cultural UFMG (Av. Santos Dumont, 174, Centro – Belo Horizonte/ MG)
Visitação: Terças a sextas: 9h às 20h; sábados, domingos e feriados: 9h às 17h
Entrada gratuita
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