Tudo O Que Você Podia Ser

Tudo O Que Você Podia Ser, novo filme do cineasta Ricardo Alves Jr., estreia em outubro,  na abertura do Queer Porto em Portugal e no Festival Internacional de Cinema do Rio 

Longa-metragem protagonizado por Aisha Brunno, Bramma Bremmer, Igui Leal e Will Soares transita entre a ficção e o documentário, celebrando a amizade e a existência de vidas LGBTQIA+ num retrato afetuoso da família que se escolhe em meio a desafios e sonhos

O filme “Tudo O Que Você Podia Ser”, com direção de Ricardo Alves Jr. e roteiro de Germano Melo, fará sua estreia na 25ª edição do Festival do Rio, que acontece de 5 a 15 de outubro de 2023, na capital carioca. A obra será apresentada na seleção Novos Rumos, mostra competitiva dedicada aos novos realizadores e novas linguagens da produção audiovisual brasileira. O longa foi anunciado como o filme oficial de abertura do prestigiado Festival Internacional de Cinema Queer Porto, em Portugal, também em outubro. 

Gravado entre dezembro de 2021 e março de 2022, em BH, o longa é o trabalho mais recente de Ricardo Alves Jr., diretor que transita na criação entre o teatro e o cinema. Após os elogiados filmes “Elon Não Acredita na Morte”, de 2016, “Vaga Carne” (2019) e “Quem Tem Medo?” (2022), dessa vez Ricardo convidou as atrizes Aisha Brunno, Bramma Bremmer, Igui Leal e Will Soares, 4 artistas com reconhecida trajetória no teatro da cidade, para protagonizarem um filme em que novos olhares e narrativas sobre as vidas de pessoas LGBTQIA+ pudessem ser retratadas nas telas. 

No desenrolar do longa, o público acompanha o último dia de Aisha em Belo Horizonte, uma despedida que se desenrola na companhia de suas melhores amigas: Bramma, Igui e Will. Através das interações cotidianas entre as personagens, o filme oferece um retrato afetuoso da família que escolhemos construir por meio do valor da amizade, mesclando elementos ficcionais e documentais em seu roteiro, aproximando o público de forma sensível e intimista às histórias de cada personagem. 

Temas como comunidade, HIV, afeto e sexualidade, estão entre os assuntos abordados nas cenas. Alguns diálogos foram improvisados no set, a partir de indicações da direção e do roteirista Germano Melo. A partir das experiências vividas por essas 4 amigas, o filme também constrói um retrato particular da cidade de Belo Horizonte, com cenas gravadas em diferentes bairros e regiões da cidade, como Aglomerado da Serra, Bonfim, Centro, Lagoinha e Santa Tereza, e com diferentes imagens desse espaço urbano. 

Segundo o diretor Ricardo Alves Jr., “Tudo O Que Você Podia Ser” é muito mais do que apenas um filme, é um manifesto de cuidado, amizade e pertencimento. O filme surge em um contexto especial, que se sobrepõe aos desafios sociais e pessoais vividos no Brasil nos últimos anos. O cineasta explora temáticas da sobrevivência à intolerância e afirmação das subjetividades em um ambiente onde a comunidade LGBTQIA+ ainda enfrenta uma dura realidade. O trabalho é uma ode à resiliência, à capacidade de enfrentar a adversidade e florescer em um ambiente que muitas vezes é hostil.

A música “Tudo O Que Você Podia Ser”, clássico do Clube da Esquina na voz de Milton Nascimento, que dá título ao longa-metragem, foi regravada especialmente para o filme pela cantora Coral, artista baiana radicada em BH, expoente da música popular brasileira na atualidade e uma das vozes da diversidade no Brasil. O filme será distribuído em 2024 nas salas de cinema brasileiras pela Vitrine Filmes.

FICHA TÉCNICA

Direção: Ricardo Alves Jr.

Roteiro: Germano Melo

Elenco: Aisha Brunno, Bramma Bremmer, Igui Leal e Will Soares

Participações especiais: Docy Moreira, Renata Rocha, Sitaram Custódio, Maria Rocha Custódio, ciber_org, Rafael Paiva, Rafa Goulart e Pedro Lanna

Direção de Fotografia: Ciro Thielmann

Produção: Julia Alves

Direção de Produção: Nina Bittencourt

Direção de arte: Luiza Palhares

Figurino: Luiza Palhares e Luiz Dias

Montagem: Lorena Ortiz

Som direto: Fabricio Lins

Desenho de som e Mixagem: Pablo Lamar

Trilha sonora: Barulhista

Regravação da música-título: Coral

Correção de cor e finalização: Lucas Campolina | Olada

Desenho de Créditos e cartaz: André Victor

Assistente de som direto: Pedro Lanna

Assistente de Fotografia e Foco: Fernanda Sena

Operador de Steadicam: Bernard Machado (Bené)

Gaffer: Jésus Lataliza, Washington Alves (Urso) e Bernard Machado (Bené)

Eletricista: William Bililiu

Maquinista: Flávio C. Von Sperling

Assistência de Montagem: Pedro Lanna

Edição de som direto: Germán Acevedo

Edição de ambientes: Léo Bortolin (Estúdio Som de Black Maria)

Foley: Saavedra Sonido – Pablo Gamberg e Guillermo Picco

Tradução: Daniel Cordova

Revisão e legendagem: Ana França e Giulia Martini

Transporte: Noemi Assumpção, Eduardo Barcelos e Maria Elisa Pompeu

Tudo O Que Você Podia Ser 

85 min

Estreia no Festival do Rio na competição Novos Rumos e é o filme de abertura do Queer Porto, na cidade do Porto, Portugal em outubro