Mercado Novo faz 60 anos

Mercado Novo completa 60 anos com identidade cosmopolita e visão de futuro arrojada

Point da cena urbana belo-horizontina tem apresentado novidades como grifes autorais de moda, coworkings e até academia de boxe

Apesar de nunca ter tido uma inauguração oficial, o Mercado Novo de Belo Horizonte completa 60 anos neste mês. Aberto em 1963 para ser o principal mercado da cidade, o local foi encontrando sua própria identidade ao longo das décadas, revelando sua vocação como potência cultural e apresentando curadoria de negócios inovadora.

Mesmo sendo um ‘sessentão’, o Mercado está mais próximo do que nunca das novas gerações, virando um point com seus bares, restaurantes e drinkerias. Porém, o local vai muito além e sedia um verdadeiro complexo de Economia Criativa brasileira. Abriga grifes autorais e artesanais de todos os tipos de moda – roupas, bolsas, sapatos, óculos, acessórios e brechós –, mostrando autenticidade e produtos únicos.

A feira livre, as gráficas, luthierias, lojas de uniformes e demais prestações de serviços passaram a ter como vizinhos estabelecimentos gastronômicos premiados, como Cozinha Tupis e Cervejaria Viela. E com novidades de vanguarda como Margô Drinkeria, Carimbó (drinks do Norte) e Bejí Sushi Veg, com seus surpreendentes quitutes veganos.

No último ano, o Mercado tem apresentado novidades em sua curadoria de estabelecimentos, como coworkings, estúdio de podcast, agência de turismo e até uma academia de boxe. Em 2023 também inaugurou o Espaço Cultural Dr. Antônio Gabriel de Castro, patrocinado pela Coral Tintas, que sedia intervenções artísticas como eventos musicais e rodas de capoeira.

Ainda assim, entre as centenas de lojas, muitas mantêm práticas antigas como a fabricação artesanal de velas e a produção de impressos em tipografia. Elas carregam consigo toda a simplicidade dos dias de fundação do Mercado, tornando-o um verdadeiro retrato histórico da vida comercial de BH.

“Preservamos a tradição, mas sem deixar de lado a inovação e vanguarda. Queremos atrair negócios ‘fora da curva’ e com foco na Economia Criativa, buscando parceiros que projetem ainda mais o Mercado como potência cultural e turística de Belo Horizonte”, afirma Luiz Felipe de Castro, curador do Mercado Novo.

Apesar de estar em uma região contemplada na requalificação do ‘baixo centro’ de BH, a administração do local atua para captar investimentos que viabilizem melhorias de acessibilidade e conforto para os visitantes. “O Mercado Novo enquanto instituição não tem fins lucrativos, ou seja, todo o recurso arrecadado é convertido em melhorias para o espaço e para fomentar o empreendedorismo cultural, turístico e artístico da cidade”, completa Luiz Felipe.

O Mercado Novo conta com o patrocínio da Órigo Energia.