Sarau – Águas Gerais: Rios Urbanos, Rios Humanos 09/12

Evento com representantes da cena mineira será no dia 9/12, às 16h, no Centro Cultural Padre Eustáquio

A residência artística do projeto “Águas Gerais: Rios Urbanos, Rios Humanos” chegou ao fim. E o resultado dessa imersão com grandes nomes da cena cultural de Belo Horizonte vai ser apresentado em um sarau, que vai acontecer no dia 9 de dezembro, a partir das 16h, no Centro Cultural Padre Eustáquio. O evento vai reunir apresentações musicais, declamações de poesias, manifestações de arte urbana e cenografia.

“A oitava edição do ‘Águas Gerais’ teve como foco artistas locais, assim como a urgência em pautar as águas mineiras e do mundo. Com o intuito de seguir construindo junto dos territórios e abrangendo cada vez mais as pautas socioambientais, o evento vai trazer esse tema em forma de arte, resultado das residências artísticas que aconteceram no Glória e na Pampulha. O primeiro encontro, no sábado passado, foi lindo e contou com uma galera empolgada e comprometida com o fazer artístico. Está bonito de ver. E espero todos vocês no dia 9, no Padre Eustáquio”, destaca Andreza Coutinho, a Dezza, coordenadora de comunicação e produtora do projeto.

Patrocinado pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, os ciclos formativos do “Águas Gerais: Rios Urbanos, Rios Humanos”, que tiveram a missão de conectar artistas locais, movimentos socioambientais e a população dos territórios Glória e Pampulha, exploraram a potencialidade criativa de cada um dos participantes. “As nossas inspirações foram as histórias contadas no primeiro encontro do projeto, em que resgatamos lembranças do bairro Glória a partir das perspectivas dos moradores. Nessas histórias, estão a pinguela que eles usavam para atravessar o rio, o quintal de casa, o clima interiorano da região, e por aí vai”, adianta Maíra Leonel, mentora da oficina de cenografia.

Além de Maíra Leonel, os encontros da residência artística contaram com as mentorias de Julia Elisa, Luiza Brina, Henrick Tsade, Raphael Sales e Matéria Prima. Os orientadores, a propósito, foram convocados por conta da relevância artística na capital mineira e relação com os territórios. “Ter práticas de poesia, assim como o do dizer a partir de uma mulher negra, é algo libertador. O que fizemos foi nos aprofundar num local de memória para as escritas. Júlia Elisa, por exemplo, apresenta o fazer da poesia como o mais natural de nós: somos, sentimos e dizemos. O uso da fabulação poética recebe nossos desejos de mudança e enfeitiça os tempos que queremos”, enaltece Iara Musa, residente da imersão em literatura.

No sarau deste sábado, no Centro Cultural Padre Eustáquio, o público vai conferir o resultado da imersão de Corpo Júlio, RR e Arc, na área do rap; de Robert Makunza, Jéssica Marroque e Lalis Diniz, no universo da cenografia; e de Rogério Rodrigues, Marcos Evando e Raíssa Diniz, no âmbito da canção. Os mentores do “Águas Gerais: Rios Urbanos, Rios Humanos” também estarão presentes no evento.

PROJETO
O Águas Gerais nasceu em 2017 com a missão de chamar atenção para a preservação e a conscientização sobre as águas de Minas Gerais e do Mundo. Durante sete anos de existência, o projeto realizou diversos festivais em formatos inovadores. O Águas Gerais é um coletivo composto por Andreza Coutinho (Dezza), Tulio Nobre, Gustavito Amaral e Manu. Uma das iniciativas do coletivo é o “Rios Urbanos, Rios Humanos”, uma evolução natural do trabalho, conectando artistas locais e movimentos socioambientais ao público da cidade. A premissa é o direito universal à água potável, acesso às áreas verdes e a busca por qualidade de vida.


SARAU “6º ÁGUAS GERAIS: RIOS URBANOS, RIOS HUMANOS”
9/12, às 16h
Centro Cultural Padre Eustáquio (rua Jacutinga, 550, Padre Eustáquio)
Entrada gratuita