É o violão, a musicalidade, que os aproxima? “Eu acho que é o charme das canções”, responde Geraldo, aludindo a outra música do repertório. “A arte de compor, de trabalhar, de dar polimento à música até ver que ela ficou pronta… Acho que cada um de nós vê isso no trabalho do outro e se identifica”.
O caldo cultural em que ambos cresceram, apesar da diferença de idade, também conta. Começa pelo ouvido afinado com a música-de-rua “sertaneja” – Geraldo na pernambucana Petrolina, Chico na paraibana Catolé do Rocha. Um regionalismo (passando necessariamente por Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro), que não precisa ser exibido, ambos já trazem entranhado na composição e no canto.
O Tropicalismo, também – que em momentos diferentes marcou a revelação musical em plena juventude. “O Tropicalismo estava em minha música muito antes de começar minha carreira solo”, lembra Geraldo. “Lembro de Gilberto Gil, ao voltar de Londres, mostrando as canções que pretendia gravar, como ‘Expresso 2222’; fizemos trabalhos juntos, havia uma troca musical que deixou muita coisa”.
A verdade é que nem a geração de Geraldo nem a de Chico passou ileso pelo baião, pelo coco, pela Bossa Nova, pela Tropicália, a Jovem Guarda, o rock internacional, os ritmos latinos e caribenhos. A “liga” proporcionada por cada uma dessas janelas musicais vai aproximando caminhos.
Chico César e Geraldo Azevedo – Violivoz
Dia 13 de fevereiro de 2022.
Domingo, às 20h
Ingressos: R$ 40 (inteira), R$ 20 (credencial plena/meia)
Local: Palácio das Artes – Grande Teatro CEMIG
Endereço: Av. Afonso Pena, 1537
Duração: 90 minutos.
Classificação: 12 anos.
Ingressos disponíveis: www.eventim.com.br/event/chico-cesar-geraldo-azevedo-violivoz-palacio-das-artes-14511604/
Link fotos Chico César e Geraldo Azevedo: https://drive.google.com/drive/search?q=fotos%20chico%20cesar%20e%20geraldo%20azevedo
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