Segundo o dicionário, a definição da palavra “Coincidência”, é igualdade, identidade de duas ou mais coisas; ocorrência de eventos que, por acaso, se dão ao mesmo tempo e que parecem ter alguma conexão entre si ou concorrência de coisas para um mesmo fim. Por coincidência ou por acaso, as artistas Andrea Vasconcelos, Olívia Viana e Virgínia Braccini, viram seus trabalhos serem unidos para formar a exposição “Resto humano | Rastro Animal”.
São três intenções, três percursos diferentes que encontraram seu ponto em comum. Quando a curadoria da Galeria de Arte Copasa anunciou que as obras das três artistas foram escolhidas para fazer parte de uma exposição conjunta, elas puderam perceber que, apesar de caminhos diferentes, estavam falando a mesma linguagem.
Entre as obras que estarão presentes na exposição, é perceptível a questão do olhar, o que é visto, e aos olhos de quem? A proposta é abordar o corpo do animal, sob a perspectiva de um olhar mais humanizado, trabalhando também a questão da precariedade da vida e a proximidade da morte.
Andrea observou que o tema passou a fazer parte do seu trabalho “é interessante como por ‘coincidência’, no meu caminho a carne passou a ser algo reincidente, o processo do abatimento tem me tocado profundamente nos meus últimos trabalhos, comecei a entrar num caminho que se enveredou para a carne”. A semelhança das cores também estabelece uma relação com o tema, “os cinzas, os terrosos, os vermelhos e laranjas. A própria escolha da paleta diz exatamente desse desencontro do humano, da cidade, com um corpo que é considerado menos humano” atenta Olívia.
A partir do dia 23 de novembro, a Galeria de Arte Copasa recebe “Resto humano | Rastro Animal”. A
exposição faz parte do 14° Edital de Concorrência Pública e estará aberta ao público para visitação
até o dia 7 de janeiro, na rua Mar de Espanha, 525, bairro Santo Antônio. O horário de funcionamento
é de 8h às 19h, todos os dias da semana. A entrada é franca.
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