Raphael Sales lança Fundamental no Teatro Bradesco 20/04

Cantor, compositor e instrumentista mineiro, Raphael Sales lança disco de estreia, “Fundamental”, no Teatro Bradesco

Figura tarimbada da cena autoral de BH, artista apresenta o álbum no dia 20/4; show terá participações de cantoras como Claudia Manzo e Irene Bertachini

Uma interseção contemporânea entre a pulsão afro-brasileira e a maestria harmônica da música de Minas Gerais. Essa é uma das tantas leituras estéticas possíveis ao trabalho de Raphael Sales, que lança seu primeiro disco, “Fundamental”, no dia 20/4 (sexta-feira), às 21h, no Teatro Bradesco. Construído nos últimos três anos, sob a égide conceitual dos quatro elementos da natureza, o álbum descortina o talento e as boas companhias do cantor, compositor e instrumentista mineiro – muitas das quais estarão presentes na apresentação.

Gravado no Estúdio Motor, “Fundamental” traz dez faixas autorais, sendo três parcerias com a escritora Larissa Alberti, que também criou um texto literário para cada canção do disco. A direção musical foi compartilhada entre o artista e Rafael Dutra, que também assina a produção, e a masterização ficou a cargo de Ygor Rajão. Dream team da nova música mineira, a banda formada para a gravação contou com Antônio Beirão (baixo); Alexandre Andrés (flauta); Felipe José (violoncelo); Leandro César (marimba); Marcelo Luiz Barbosa (contrabaixo); Di Souza, Rafa Nunes, PG Rocha, Bruno Cunha Lima e Edson Fernando (percussões); Claudia Manzo, Deh Mussulini, Laís Lacorte e Luana Aires (vozes e coros).

Amarradas pela terra, a água, o fogo e o ar, as faixas passeiam por diversos ritmos e inspirações. “É um disco de MPB, de canção, com forte influência afro-brasileira. Tem ijexá, salsa, baião, xote, maracatu, congado, mas também traz uma pegada pop, com programações eletrônicas e profundidade sonora”, explica Raphael Sales, que também gravou violões e guitarras (junto a Rafael Dutra). “O álbum é homogêneo, por ter uma questão conceitual bem definida, e ao mesmo tempo é musicalmente diverso. Tem vários timbres, camadas e texturas, uma característica muito forte das produções do Rafael Dutra”, completa.

O músico conta que “Fundamental” traz canções escritas em diferentes épocas, cujas letras passeiam pela natureza, a espiritualidade sincrética, a realidade do povo brasileiro e a contestação social. “A música mais antiga é ‘Os Mininin’, de 2006, que traz uma crítica social bem evidente. Já em ‘Congresso Internacional do Amor’, por exemplo, também há uma crítica, à intolerância religiosa, mas feita de maneira mais sutil”, afirma. “Grande parte do álbum é contemplativo. Todas as faixas têm algum dos elementos da natureza representados, em especial a terra”, completa, citando canções como “Ipê”, que conta com arranjo de Gustavito, e “Cerca de La Paz”, escrita na Bolívia em parceria com Larissa Alberti e cantada, em espanhol, pela chilena Claudia Manzo.

Raphael ressalta que a dinâmica do show de lançamento, viabilizado por meio de uma campanha de financiamento coletivo, segue um roteiro criado em parceria com o amigo e também compositor Juliano Buteco. “Farei todas as canções do disco, além de algumas inéditas. Há momentos de voz e violão, de trocas com a plateia e muitas participações”, ressalta, citando nomes como de Irene Bertachini (voz), Daniel Tamietti (violoncelo), Débora Costa e Almin Oliveira (percussão), além de muitos dos músicos que participaram da gravação do disco.

Sobre o artista

Natural de Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte, Raphael Sales é cantor, compositor e instrumentista. Seu trabalho começou por volta de 2006 e, desde então, tem dialogado com outras linguagens artísticas, como o teatro, a literatura e a narração de histórias.

Figura tarimbada da cena autoral de Belo Horizonte, já teve canções tocadas em rádios como Inconfidência e UFMG Educativa e dividiu palco com músicos como Luiz Gabriel Lopes, Chicó do Céu e Téo Nicácio. Uma das canções de “Fundamental”, “Águas” tornou-se, há anos, um ícone do repertório carnavalesco belo-horizontino, sendo hoje entoada por blocos como Pena de Pavão de Krishna e Haja Amor.

Outra faixa de destaque é “Os Mininin”, lançada na Mostra IMUNE (Instante da Música Negra), em São Paulo, em junho de 2017. A canção dialoga com a música oriental e traz uma narrativa ácida e comovente, confrontando com a suavidade da voz do artista e evidenciando o contraste entre o regional e o universal, o presente e o passado, o fundamental e o trivial.

 

Quando. Dia 20/4 (sexta-feira), às 21h

Onde. Teatro Bradesco (rua da Bahia, 2.244, Lourdes)

Quanto. R$ 25 (inteira) e R$ 12,50 (meia-entrada)

Mais. www.facebook.com/events/853015574870314