Oficina “Ervas Medicinais e Monotipias com Urucum” – 07/06

Atividade integra a programação da exposição “Antes de mim, falaram os meus ancestrais”, em cartaz até 29 de junho

Neste sábado (7/6), o Centro de Arte Popular (CAP) será palco da oficina “Ervas Medicinais e Monotipias com Urucum”, ministrada pelas artistas Marlene Aranã e Tânia Caçador. A atividade, que começa às 14h, é um desdobramento da exposição “Antes de mim, falaram os meus ancestrais”, em cartaz no local até 29 de junho, e integra o AMA – Ano Mineiro das Artes, programa da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais.

Com vagas limitadas, os interessados devem retirar senha gratuita a partir das 13h. A oficina convida o público a explorar os usos medicinais de plantas tradicionais e a experimentar a técnica da monotipia utilizando urucum, corante natural carregado de simbolismo nas culturas indígenas.

Marlene Aranã, artista visual indígena do Vale do Jequitinhonha, e Tânia Caçador, artista plástica e jornalista, trazem em suas trajetórias um diálogo entre tradição e contemporaneidade. Ambas integram a exposição em cartaz, que reúne 32 obras de seis artistas mineiros, revelando a cosmovisão de famílias Pataxó Ha Hã Hãe em Minas Gerais.

“Antes de mim, falaram os meus ancestrais”

A exposição, que segue em cartaz até o dia 29/6, com entrada gratuita, convida o público a mergulhar na potência estética e simbólica das culturas indígenas contemporâneas. Com entrada gratuita, a mostra apresenta mais de 20 obras criadas por seis artistas mineiros – Cacique Paulino Aranã, João Aranã Moreira Índio (João Índio), Márcia Martins, Marlene Aranã, Mônica Mendes e Tânia Caçador – por meio de técnicas diversas como pintura a óleo, aquarela, lápis de cera, técnica mista e instalações.

A mostra é fruto de um projeto que buscou ouvir as vozes das famílias indígenas Pataxó Ha Hã Hãe que engloba diversas etnias: Aranã, Maxacali, Kamakã, Tupinambá, Kariri-Sapuyá, Gueren, que vivem nos municípios de Esmeraldas e Juatuba, com o objetivo de tornar visível para o público em geral onde vivem essas famílias, como trabalham, como mantém suas tradições culturais mesmo distantes de suas terras, como dialogam com a comunidade de não indígenas do entorno, o que produzem artisticamente, como se veem e qual a sua cosmovisão.

Aglutinar diferentes percepções dos saberes/fazeres indígenas para os não-indígenas, foi um exercício criativo árduo, mas enriquecedor e urdiu: o poder das ervas curativas, as pinturas corporais e os voos dos pássaros, como exuberâncias temáticas jorradas dos ventres das artistas Márcia Martins, Mônica Mendes e Tânia Caçador, interconectadas como em um ritual de passagem.

Oficina: Ervas Medicinais e Monotipias com Urucum
Data: Neste sábado (7/6/25), às 14h
Local: Centro de Arte Popular (Espaço de Convivência) – Rua Gonçalves Dias, 1.608 – Lourdes
Senhas gratuitas a partir das 13h (vagas limitadas)