Novas micropeças estreiam no La Movida Microteatro Bar 15/05 a 25/05

Produções da Miúda Cia., da Casa Mascate Cultura de Rede e do Grupo Teatro Invertido estarão em cartaz na próxima quinzena

De 15 a 25 de maio novas micropeças entram em cartaz no La Movida Microteatro. As produções, selecionadas por meio da convocatória que esteve disponível para os artistas em janeiro deste ano, são “Diálogos Heroicos”, da Miúda Cia.; “Real Sex”, Casa Mascate Cultura de Rede; e “Atendendo a Pedidos”, do Grupo Teatro Invertido. As três micropeças se apresentam 3 vezes na noite, a partir de 19h30 e o La Movida funciona de quarta a sábado, sempre a partir de 18h. Os ingressos para cada sessão das micropeças custam R$10,00 (dez Reais) e são vendidos exclusivamente na bilheteria do espaço.

Para acompanhar a mudança no clima, com previsões de noites mais frias, o bar do La Movida está preparando um cardápio especial de inverno que estará disponível a partir da próxima quarta-feira.

Programação de 15 a 25 de maio, sempre de quarta a sábado:

– Diálogos Heroicos, com Marina Tadeu e Vanessa Machado, da Miúda Cia. Horários: 19h30, 20h15 e 21h.

– Real Sex, com Alessandra Carneiro de Mendonça, da Casa Mascate Cultura de Rede. Horários: 19h40, 20h25 e 21h10.

– Atendendo a Pedidos, com Robson Vieira, do Grupo Teatro Invertido. Horários: 19h50, 20h35 e 21h20.

Este projeto é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte. Patrocínio: UniBH.

Sobre as micropeças

“Diálogos Heroicos” retrata o diálogo entre super-heroínas que começam a planejar uma revolução, que não é mais que um exercício de ginástica social ou política. Nesse jogo de cena entre a interrogação filosófica e a ironia corrosiva, uma pequena comunidade se anuncia. Em “Real Sex” a atriz Alessandra Carneiro de Mendonça interpreta uma apresentadora/chefe de cozinha, que, de uma forma sutil e divertida, passa uma receita de fantasia sexual. “Atendendo a Pedidos” é um solo performático, composto de seis células que mudam de ordem a cada apresentação. A micropeça revisita a eterna relação entre criador e criatura. Direitos, desejos, escolhas…

Sobre a convocatória

No mês de janeiro deste ano, foi aberta a convocatória para que pudessem ser selecionadas micropeças que estariam em cartaz nos primeiros meses do retorno do La Movida. A demanda superou as expectativas dos organizadores, que receberam mais de 100 propostas, incluindo micropeças de Belo Horizonte, de outras cidades do estado e também de outras regiões do país.

Devido a grande demanda, o La Movida, que havia planejado selecionar 30 micropeças, resolveu ampliar esse número para 40. “A grande demanda do período da convocatória nos mostrou que os artistas estão ainda mais ávidos por espaços novos, para que suas produções possam fruir. É justamente esse espaço de diálogo intenso com a cidade que queremos fortalecer na nossa nova casa”, reforça Clarice Castanheira, uma das idealizadoras do La Movida.

La Movida Microteatro – Bar

A combustão do motor La Movida são as parcerias, as articulações. A mesma matéria de que o teatro é feito.  O trabalho conjunto, colaborativo. Desta forma o La Movida quer se consolidar como um coworking artístico, feito para os artistas trabalharem em uma estrutura e formato dinâmicos. Vários estilos coexistindo no mesmo espaço. Para que possam usufruir, gerar renda e conteúdo para a cidade. Uma nova forma de contar histórias e de contar também a história da cidade, através do teatro e de quem o cria com tanto afinco e resistência.

O nome La Movida Microteatro – Bar é inspirado no Movida [Madrileña], movimento contracultural ocorrido na Espanha, especialmente em Madrid, nos anos 1980 após a morte do ditador Franco, no processo de redemocratização do país. A movida foi importante, pois agitou intensamente a vida artística da capital espanhola. Qualquer semelhança não é mera coincidência. A ação também é uma movida na vida artística de Belo Horizonte, com outra oportunidade para criar, produzir e consumir artes cênicas. Outra forma de viver o teatro, outra forma de viver de teatro.

Sobre o Microteatro

É um formato teatral criado em Madrid, na Espanha, em 2009, que consiste na apresentação de micropeças em espaços de até 15 metros quadrados, com duração igual ou inferior a 15 minutos, com no máximo 3 atores em cena, para um público de até 15 pessoas. Além disso, também é parte das características desse gênero o acontecimento de várias micropeças simultaneamente em sessões sucessivas. Desta maneira, o espectador escolhe quanto tempo passar no teatro, de acordo com o número de micropeças que quiser assistir. Ele escolhe também o valor que quer pagar, já que o ingresso para cada apresentação é vendido separadamente.

O La Movida Microteatro coloca no foco da programação apresentações de curta duração para as artes cênicas. Belo Horizonte é uma cidade com criação artística efervescente, com projetos e festivais renomados, já tradicionais na cidade, como o Cenas Curtas, do Galpão Cine Horto, e a Mostra Lab. Algumas cenas destes festivais viraram espetáculos, outras, ou a maioria, se perderam no tempo e no espaço. O La Movida, portanto, é um espaço que se dedicará exclusivamente a este formato, se colocando no mercado também como um espaço de escoamento destas produções.

“O conceito de micropeça é diferente de cena curta. Os formatos têm em comum somente a duração, de 15 minutos. A micropeça é feita para espaços menores e todo o aparato que envolve a criação de uma micropeça é dimensionado em cima disso. Este contexto determina a relação entre o público e os atores e resulta noutra experiência. Como artista, por exemplo, se apresentar em uma sala de 15m² é completamente diferente de se apresentar em um teatro para 300 pessoas”, explica Marco Túlio Zerlotini, coordenador de comunicação do La MovidaClarice Castanheira chama atenção ao dizer que espetáculos de curta duração já são realizados em BH e no restante do país, mas realizados em espaços mais convencionais, com grandes palcos: “A cena curta, em princípio, se apresenta em um espaço grande, em um teatro tradicional ou espaço alternativo, mas com toda a estrutura de um grande teatro. No La Movida, tudo é micro, o tempo e o espaço. ”, ressalta Castanheira.

E para incrementar a troca entre artistas, público e La Movida, no espaço também funciona um bar. Um ambiente de celebração e de encontros.

Alice Lucchesi, empresária e produtora cultural, é quem comanda esta frente da inciativa. O bar traz cardápio versátil, com uma pegada saudosista, dos anos 80 e 90, inspirado também nos tradicionais botecos de BH. “Comida boa, caseira, feita com afeto”, pontua Alice. E para acompanhar, o cardápio conta com opções de drinks, cervejas e vinhos.

A entrada no espaço é gratuita e os ingressos por micropeça custam R$10,00 (dez reais), com venda exclusivamente na bilheteria do local. Toda a renda dos ingressos é dos artistas participantes. O La Movida Microteatro Bar estará aberto ao público de quarta a sábado, sendo nas quartas e nas quintas de 18h às 23h e nas sextas e sábados de 18h às 00h30.

Este projeto é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte. Patrocínio: UniBH.

Histórico

O La Movida Microteatro Bar surgiu em 2017 como uma iniciativa inédita no Brasil, fomentando a produção cênica e a preços populares. O projeto é uma iniciativa da publicitária e produtora cultural Clarice Castanheira, que conheceu a estrutura do microteatro na Espanha, em 2016, e percebeu que o modelo poderia ser aplicado à realidade brasileira, além de dialogar com a vocação cultural múltipla de Belo Horizonte. Nasceu assim o La Movida Microteatro Bar, criado por Clarice, que na época contou com a colaboração do amigo e ator Guilherme Théo. Na primeira temporada o projeto recebeu 40 produções em suas microsalas, com apresentações de até 4 sessões por noite, para cada micropeça.

Projeto celebrado, o La Movida voltou à cena em 2018, com o projeto itinerante “La Movida In Box”, cuja edição foi realizada em Contagem com micropeças realizadas em containers, instalados em praça pública. Importante salientar que o La Movida Microteatro Bar é um projeto permanente e fixo e o novo momento demarca justamente este lugar, trazendo também um novo e importante espaço cultural para a cidade.

Idealizadores do projeto

Clarice Castanheira é publicitaria e produtora cultural desde 2001. Sempre trabalhou na área cultural e sua atuação, em grande parte da carreira, foi voltada para a cena teatral de Belo Horizonte. Trabalhou em grandes festivais da cidade, como FIT e FAN, além de companhias como Cia. Candongas, Luna Lunera, Armatrux e companhias vindas de fora, como a Cia Dos à Deux.  Trabalhou também em centros culturais como CCBB e Circuito Cultural Praça da Liberdade.

Marco Túlio Zertlotini é ator e produtor cultural. Como ator teve sua trajetória de formação junto ao Grupo Intervalo, onde atuou por mais de 15 anos, e também na Escola de Teatro da PUC Minas. Como produtor começou sua experiência estando a frente de algumas montagens dentro do Grupo Intervalo e depois em sua própria companhia, a Cia. do Silêncio, criada em 2012. Nos últimos anos se dedica também a produção de conteúdo de comunicação para espetáculos e outros projetos culturais.

Alice Lucchesi é empresária e produtora cultural. Formada em jornalismo pelo UniBh, atua desde 2013 no mercado de bares da cidade e em diversos projetos culturais, voltados para área de cinema e artes cênicas.

La Movida Microteatro Bar

Onde: Rua Marechal Deodoro, 308 – Floresta – BH

Entrada Gratuita. Para assistir às micropeças os ingressos custam R$10,00 (dez Reais), vendidos exclusivamente na bilheteria do espaço.

Programação de 15 a 25 de maio, sempre de quarta a sábado:

– Diálogos Heroicos, com Marina Tadeu e Vanessa Machado, da Miúda Cia. Horários: 19h30, 20h15 e 21h.

– Real Sex, com Alessandra Carneiro de Mendonça, da Casa Mascate Cultura de Rede. Horários: 19h40, 20h25 e 21h10.

– Atendendo a Pedidos, com Robson Vieira, do Grupo Teatro Invertido. Horários: 19h50, 20h35 e 21h20.

Informações: (31) 3504-9424