Mostra Benjamin de Oliveira 2018 – Edição Dança 05/06 a 10/06

De 5 a 10 de junho, projeto apresenta espetáculos de dança, performance e atividades formativas com elenco formado, predominantemente, por artistas negros

Belo Horizonte sedia, entre os dias 5 e 10 de junho (terça-feira a domingo), no Teatro Francisco Nunes, a programação da Mostra Benjamin de Oliveira 2018. A iniciativa é da Cia Burlantins e privilegia espetáculos de dança e performance de artistas, grupos e coletivos formados predominantemente por negras e negros. Quatro espetáculos foram selecionados pelos curadores Maýra Motta e Rui Moreira, via chamamento público: “Despertar” (Cia Hebreus 11 | MG), “Rebanho” (Cia Sansacroma | SP, o infantil “Fuzuezinho de Aruanda” (Cia Aruanda | RJ) e “Na manha do house” (Coletivo Bonde do Jack | RJ). A Mostra ainda abrigará a Batalha Livre de Danças Urbanas para as Mulheres, promovida pelo Palco Hip Hop, e oficinas ministradas por Mauricio Tizumba e Coletivo Breaking no Asfalto. Programação completa no site burlantins.com.br/benjamin. O projeto tem apoio cultural da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte, por meio dos editais de ocupação dos teatros públicos da cidade, e conta com o patrocínio do programa O Boticário na Dança, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais.

Em sua ‘edição dança’, a Mostra Benjamin de Oliveira 2018 faz homenagem à bailarina e coreógrafa internacional Marlene Silva. Precursora da dança afro em Minas Gerais, Marlene Silva receberá homenagem de 20 bailarinos, músicos e artistas contemporâneos, com a presença da Guarda São Jorge de Nossa Senhora do Rosário, do bairro Concórdia.

“O reconhecimento à Marlene Silva se faz necessário por se tratar da precursora da dança afro no Estado com vários discípulos e artistas das mais diversas áreas que buscam nela a inspiração para suas obras. Nossa proposta, com esse projeto, é valorizar a cultura afro-brasileira e os artistas negros por meio do protagonismo dos corpos negros em cena. Entendemos que esses corpos, cênicos e políticos, mobilizam sentidos, memórias, afetos, lutas e resistências”, explica um dos curadores da Mostra Benjamim, Rui Moreira.

SOBRE A MOSTRA

Criada em 2013 pela Cia Burlantins, a Mostra Benjamin de Oliveira se inspira no primeiro palhaço negro no Brasil – que dá nome ao projeto, conhecido como Rei dos Palhaços e considerado criador do circo-teatro brasileiro. O objetivo do projeto é valorizar a cultura afro-brasileira por meio do protagonismo de corpos negros em cena, trazendo espetáculos que tenham um elenco predominantemente negro.

PROGRAMAÇÃO MOSTRA BENJAMIM DE OLIVEIRA 2018

ESPETÁCULOS

Teatro Francisco Nunes |Parque Municipal

R$10 (Inteira) / R$5 (Meia-entrada)

5/6, terça-feira, 20h

Homenagem à Marlene Silva

Barulhista, Benjamin Abras, Carla Paixão e Eliane Saldanha, Carlos Bolão, Evandro Passos e grupo, Gil Amâncio, Guarda São Jorge de Nossa Senhora do Rosário, Guda Coelho, Jeiza Fernandes, Jonathan Canito, Juçara Nunnes, Junia Bertolino, Márcio Martins, Mauricio Tizumba, Maurício Tobias, Maýra Motta, Raquel Cabaneco, Rui Moreira, Sérgio Pererê e Suellen Sampaio.

6/6, quarta-feira, 18h (inscrições), 19h30 (seletivas e finais)

Palco Hip Hop Danças Urbanas (MG)

O Palco Hip Hop traz a segunda edição da Batalha Livre de Danças Urbanas para Mulheres com R$2.000 em premiação. São 24 dançarinas, de todos os estilos, e 30 segundos para passar pelo crivo das juradas Chris Portes, Mayra Mota e Lola Peroni. A noite tem ainda performances com Raquel Cabaneco e Soul Guetto. DJ Pat Manoese é quem comanda a trilha. Resistente desde 2011, o Palco Hip Hop é hoje mais importantes festivais dedicados à cultura de rua do Brasil.

7/6, quinta-feira, 20h

O Despertar | Hebreus 11 (MG)

“Despertar” mescla diferentes linguagens artísticas dentro das danças urbanas, com ênfase no breaking. A Cia Hebreus 11, fundada em 2002, em BH, é dirigida por Jonathan Canito e busca o despertar corporal de ações e emoções cotidianas  do povo negro.

8/6, sexta-feira, 20h

Rebanhos | Cia Sansacroma (SP)

Com audiodescrição

Criada em 2002 pela atriz, dançarina e coreógrafa Gal Martins, Sansacroma tem se dedicado a desenvolver trabalhos cujo ponto de partida são as criações poéticas do corpo negro e como ele está inserido na sociedade. Em “Rebanhos”, a Cia chega com seis solos que pressupõem recusa à submissão, uma insistência em ser e em afirmar a existência.

> Após o espetáculo, conversa sobre audiodescrição na dança com Romerito Costa e Flávia Mayer (SVOA)

9/6, sábado, 20h

Na manha do house | Bonde do Jack (RJ)

“Na Manha do House” nasce do encontro com o house e o funk. A house dance surge na Nova York dos anos 1980, quando latinos, negros e gays encontravam-se nos clubes undergrounds. A partir da vivência carioca, com corpos marcados pelo funk, o Bonde resgata as confluências dessas danças que, como muitas danças da diáspora, têm tanto em comum.

10/6, domingo, 17h

Fuzuêzinho d´Aruanda | Companhia de Aruanda (RJ)

Infantil

Criada em 2007, a Companhia Aruanda é formada por jovens moradores de comunidades do subúrbio carioca e da Baixada Fluminense. Em “Fuzuezinho de Aruanda”, a Cia traz espetáculo educacional e interativo com dança, música ao vivo e contação de histórias sobre a cultura popular brasileira, tendo como tema o folclore e a temática negra com vistas à difusão e à valorização das tradições.

OFICINAS

Parque Municipal (em frente ao Teatro Francisco Nunes)

Gratuitas

10/6, domingo, 10h

Oficina de danças urbanas para crianças

Breaking no Asfalto (MG)

A partir de 9 anos

O coletivo – que realiza estudos das técnicas de dança de rua norte-americana –, chega com proposta que tem como objetivo o desenvolvimento pessoal e social das crianças, além de estimular competências criativas, produtivas e cognitivas.

9/6, sábado, 14h

Oficina de Gunga

Mauricio Tizumba (MG)

A partir de 14 anos

Com a gunga no pé, os escravizados fugidos eram mais facilmente descobertos. Ressignificado como instrumento de resistência, a gunga convoca a ancestralidade negra que lutou por liberdade, e tornou-se importante elemento de identidade, utilizado pelas guardas de moçambique. Os participantes irão se aproximar do sentido do instrumentos e colocar em prática sua dança-reza.

BAR DA MOSTRA, ponto de encontro do público, artistas e produtores

De 8 a 10/6, sexta-feira a domingo, após o encerramento da programação no Teatro Francisco Nunes

Tambor Mineiro – Rua Ituiutaba, 339 – Prado | R$ 20

Shows

– Dia 8/6, sexta-feira, 22h: Josi Lopes com participações de Nívea Sabino, Michelle Sá, Suelen Sampaio, Luíza Da Iola, Tamara Franklin, Jéssica Rodrigues, Andréia Roseno e Maíra Baldaia

– Dia 9/6, sábado, 22h: Mauricio Tizumba e Serginho Silva

– Dia 10/6, domingo, 20h: Sérgio Pererê, Barulhista e Richard Neves

5 a 10 de junho (terça a domingo)

Teatro Francisco Nunes – Parque Municipal

Bar da Mostra

8 a 10 de junho (sexta a domingo)

Tambor Mineiro – Rua Ituiutaba, 339 – Prado

Outras informações: burlantins.com.br/benjamin