Lançamento do livro Para meu amigo branco 27/03

No dia 27 de março, sábado, às 16 horas o Memorial Vale realiza o lançamento do livro “Para meu amigo branco”, de Manoel Soares. O lançamento faz parte do projeto “Diversidade Periférica” do Memorial Vale, com curadoria de Patrícia Alencar, que fará um bate-papo com o autor no dia do lançamento, em uma apresentação gravada especialmente para o Memorial Vale.

Manoel Soares é nascido na Boca do Rio, periferia de Salvador/Bahia e atua há mais de 20 anos nas áreas de processos comunicacionais e gestão social. Presidente Estadual da Central Única das Favelas (Cufa – RS), também atua como repórter e apresentador da TV Globo, é escritor, palestrante e educador midiático. Tem ao longo de sua carreira como comunicador se dedicado a mostrar os aspectos positivos e construtivos das favelas e periferias e acumula prêmios, entre eles o 50º Prêmio Ari de Jornalismo e o Prêmio de Excelência Jornalística da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP). Além da experiência em rádio e jornal, participou ativamente da Campanha Crack Nem Pensar, que abordou o tema da prevenção ao uso de crack e alcançou mais de 12 milhões de pessoas em Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Desenvolveu também o projeto Papo Reto. Iniciativa que visitou mais de 240 cidades gaúchas e 10 estados brasileiros, alcançando mais de 800 mil pessoas, em sua maioria jovens, gestores públicos e privados e comunidade em geral. Atualmente Manoel Soares se dedica a conectar as periferias e favelas de São Paulo com a agenda jornalística e midiática tendo como ponto de partida as potencialidades dos territórios. Pai de seis filhos, em suas mídias sociais desenvolve o projeto pessoal de combater a masculinidade tóxica e paternidade qualificada dentro da periferia.

“Para meu amigo branco” se propõe a ser um presente que vem de um lugar de empatia e educação sem deixar de ser assertivo. É a tomada do lugar de fala na busca de uma ponte de comunicação didática e de braços abertos, um primeiro passo para uma aproximação honesta, que endereça história e responsabilidade, propondo um caminho de aprendizado e mudança. Um livro que aponta as desvantagens do racismo para quem o perpetua e repete. Como definiu, no prefácio, Eliane Dias, uma reflexão de “empatia e estudo que fala delicadamente sobre o racismo, sem abrir mão de mostrar a violência que causa aos negros […] o autor mostra como este país é muito controverso, um país idealizado para ser branco mas que seguiu sequestrando negros por mais de 300”. Como escreve o autor, “o afeto que expresso ao meu amigo branco é a ponte para que possamos juntos, brancos e negros, salvar as vidas dos nossos irmãos negros mais fragilizados. Porque eu estou convencido de que, para cada branco que nós levarmos consciência neste país, pelo menos 100 negros serão beneficiados”.

O projeto Diversidade Periférica tem a curadoria de Patrícia Alencar, que traz para o Memorial Minas Gerais Vale uma programação artística-cultural com conteúdos que mergulham na trajetória ancestral dos becos e vielas do espaço de saber chamado Favela, e também das comunidades de periferia de Belo Horizonte e vizinhanças.

Patrícia Alencar, curadora do Diversidade Periférica, é mineira nascida na Favela do Morro do Papagaio, em Belo Horizonte. É ativista social, gestora cultural, arte educadora e dançarina, engajada na luta contra o racismo e pela igualdade social, desenvolve suas atividades desde de 1998. Hoje é uma das Diretoras da CUFA (Central Única de Favelas), co-fundadora da Frente Favela Brasil e também faz parte da Associação Sócio Cultural Bataka. Produziu eventos de relevância para Belo Horizonte, como o Dia das Favelas, Taça das Favelas, Carnafavela, Hip Hop Rua, entre outros. Sua atuação tem como premissa a transformação social por meio das artes e por meio do protagonismo de moradores de favelas.

Confira por favor, as atrações da semana no Memorial Vale. As apresentações continuam online, seguindo o planejamento do #MemorialValeEmCasa, feitas pelo Youtube, nas redes sociais do espaço (facebook e instagram) e no site. As transmissões feitas pelo Youtube ficam disponíveis permanentemente no canal do Memorial.

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