Importância da academia na luta contra a LGTBQIA+fobia

Para especialistas, a discriminação é uma das principais causas da evasão escolar da população LGTBQIA+

“Sou negra, lésbica e cisgênero”. Essa é Ruth Pires, 24 anos, aluna do 10º período de Psicologia da Una. Ela é uma das integrantes do Una-se contra a LGBTfobia, projeto de extensão do Centro Universitário Una, criado e coordenado pelo professor e pesquisador Roberto Alves Reis, que tem como objetivo promover uma cultura de respeito aos direitos humanos e à diversidade sexual e de gênero no ambiente universitário, com foco em uma formação cidadã e em empregabilidade.

“Depois que entrei para o projeto, portas inimagináveis me foram abertas. Aprendi a me entender enquanto sujeito e enquanto futura profissional da psicologia negra e lésbica”, reflete a estudante. “Algumas empresas se autopromovem no mês de junho por causa do orgulho LGBTQIA+, mas passam o resto do ano nos invisibilizando, não nos contratando para seus postos de trabalho e não destinando parte de seus lucros para os projetos a favor da diversidade. Precisamos de mais inclusão de negros, mulheres, indígenas e LGBTQIA+ e pessoas com deficiência nas empresas!”, defende Ruth.

No mês em que é celebrado o orgulho LGBTQIA+, a Una, uma instituição da Ânima Educação, comemora todas as ações que, há mais de 10 anos, vêm empreendendo com seus alunos e colaboradores. O Centro Universitário foi um dos primeiros em Minas Gerais, em 2015, a aprovar uma resolução que garantiu o uso do nome social por estudantes transexuais e travestis desde a chamada presencial até o envio de documentos e boletos para os estudantes.

Para se ter uma ideia da atuação da Una nessa luta aguerrida em defesa das pessoas LGBTQIA+, na semana passada, cinco integrantes do Una-se participaram do Desafio dos Coletivos LGBTQIA+, organizado pela Mais Diversidade, maior consultoria do Brasil em diversidade. O desafio fez parte da Feira DiverS/A, maior evento de empregabilidade LGBTQIA+ da América Latina. Os organizadores do evento selecionaram 10 coletivos num contexto nacional e o Una-se foi convidado a participar. Durante a Feira, foram propostas aos grupos várias atividades e, ao final, o Una-se se sagrou campeão. E Ruth Pires estava lá. “Nossa participação em eventos como a Feira DiverS/A é de extrema importância, pois os empregadores precisam olhar para nós como sujeitos capacitados”, diz.

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