Exposição celebra os 130 do poeta Fernando Pessoa 03/04 a 04/05

Exposição celebra os 130 anos de nascimento do poeta Fernando Pessoa

A exposição de pinturas Arte tem valia, porque nos tira de aqui, da ex-professora da PUC Minas Lélia Parreira Duarte, poderá ser visitada a partir de terça-feira, 3 de abril, no Espaço Cultura é Fé (av. Dom José Gaspar, 500 prédio 7), Campus Coração Eucarístico, em Belo Horizonte. A abertura será às 18h. A exposição, que celebra os 130 anos de nascimento do poeta Fernando Pessoa, poderá ser visitada até 4 de maio, de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h. A promoção é da Secretaria de Cultura e Assuntos Comunitários (Secac) da Universidade.

A artista conjuga estudos de literatura e filosofia com a pintura e se inspira em grandes mestres. Na exposição, será possível ver obras inspiradas em poemas como A Ceifeira, Almas Pares, A Mona Já Não Mais Tão Lisa e Amor.

Lélia Parreira

Lélia Parreira Duarte é aposentada como professora titular da Faculdade de Letras da UFMG e da PUC Minas, com doutorado e pós-doutorado em Literatura Portuguesa em São Paulo e Lisboa. Como procura demonstrar em seu livro Potência e negatividade em Fernando Pessoa (Editora Veredas & Cenários), Lélia observa que na produção do modernista português explicita-se a função criativa da negatividade, usada como trapaça salutar de quem sabe – como Orfeu – que a linguagem é impotente para vencer a morte, mas pode também ser uma celebração da vida. Daí a opção do poeta pelo fingimento, pela máscara, pela multiplicidade e diversidade de escritas.

Seguindo os passos do pai, o dentista José Parreira de Melo (que depois se torna o pintor Parreira), Lélia começa a trabalhar com as tintas, assinando sua produção como Lélia Parreira, numa homenagem a seu pai. Inicialmente a nova artista faz acompanhar os quadros de poemas seus; surge assim o livro Exercícios de viver em palavra e cor (Editora Veredas & Cenários). Depois Lélia percebe que, além de mostrar na pintura a sua reverência pela obra de diferentes pintores, como Renoir, Monet, Van Gogh, Picasso, Matisse, Kandinsky, Munch, Lucien Freud e outros, – buscava ela harmonizar o trabalho com a variada produção literária de Fernando Pessoa e seus heterônimos.

Além de ter participado de várias exposições coletivas, Lélia Parreira fez várias exposições individuais: em Salvador, no Rio de Janeiro, em Tiradentes (no Centro Cultural Yves Alves e no Museu de Sant’Anna) e em Belo Horizonte: na Associação Médica de Minas Gerais, no Crea, na Maison Galeria e Escola de Arte e na Casa dos Contos.