Espetáculo “O Bem-Amado” chega a Belo Horizonte – 28 e 29/06

Sucesso da dramaturgia e da telenovela brasileiras, texto de Dias Gomes retorna aos palcos para contar a história do famoso e hilário político da cidade de Sucupira. Após exitosas temporadas no Rio de Janeiro, com uma plateia de mais de 27 mil pessoas, a montagem chega pela primeira vez a Belo Horizonte para duas únicas apresentações, nos dias 28 e 29 de junho, no Grande Teatro do Sesc Palladium.

Crédito: Clarissa Ribeiro 

A icônica candidatura à eleição de Odorico Paraguaçu para prefeito de Sucupira, cidadezinha litorânea da Bahia, retorna aos palcos com a remontagem de “O Bem-Amado”, texto de Dias Gomes, escrito em 1962, que tem atravessado décadas como um grande sucesso da dramaturgia e da teledramaturgia brasileiras. Dirigida por Marcus Alvisi, a peça traz o ator Diogo Vilela como protagonista, resgatando a divertida história do político que faz de tudo para atingir seus objetivos: inaugurar a sua grandiosa obra política, o primeiro cemitério de Sucupira, para enfim cair nas graças do povo.  Com bem-sucedidas temporadas nos Teatros João Caetano e Clara Nunes, no Rio de Janeiro, assistidas por mais de 27 mil pessoas, a montagem saí em turnê pelo Brasil e chega pela primeira vez a Belo Horizonte nos dias 28 e 29 de junho, sábado, às 20h30, e domingo, às 18h30, no Grande Teatro do Sesc Palladium. 

Escrito por Dias Gomes para o teatro, em 1962, o texto de “O Bem-Amado” foi publicado em 1963 em especial da Revista Claudia, e encenado pela primeira vez em 1969, no Teatro Santa Isabel, do Recife, pelo TAPTeatro de Amadores de Pernambuco. Em 1970, uma nova montagem estreou no Teatro Gláucio Gil, no Rio de Janeiro. Como protagonista, o ator Procópio Ferreira dava vida a Odorico Paraguaçu, personagem que se tornou um ícone na dramaturgia e teledramaturgia brasileiras.  Na televisão, foi corporificado pelo inesquecível Paulo Gracindo, com imenso sucesso. Na atual montagem, Odorico Paraguaçu é interpretado pelo ator Diogo Vilela, oferecendo, com certeza, uma nova visão deste personagem que tem atravessado décadas e provocado muitas gargalhadas, mas, o mais importante, inúmeras reflexões sobre a sublime arte de servir ao próximo.

O Bem-Amado” se passa numa cidade fictícia chamada Sucupira, onde Odorico Paraguaçu faz uma promessa de campanha: construir um cemitério para que, assim, possa ter sua própria inauguração como prefeito. A reviravolta hilariante é que, para que o cemitério seja utilizado, alguém precisa morrer, e Odorico fará o possível e impossível para garantir que isso aconteça o mais rápido possível, subornando, corrompendo, oferecendo benesses e cargos à vontade para que a ação seja concretizada. 

Através desse pequenino mundo, Dias Gomes atinge todo o imenso Brasil, esse gigante por natureza. Uma sátira política que oferece uma visão crítica e ácida da tentativa de cidadania neste vilarejo no interior do estado da Bahia, mas que expõe as mazelas de um povo de maneira inarredável. O texto também aborda questões mais amplas, como a relação entre poder e populismo e a maneira como as promessas políticas podem ser usadas para manipular as massas.

Por que montar “O Bem-Amado”hoje? 

 “O Bem-Amado” é um clássico atemporal da fértil dramaturgia brasileira, da dinâmica da política do Brasil e, principalmente, da destreza de seu autor no domínio da arte de escrever para teatro, pois seus personagens são criados a partir de uma observação aguda da vida do brasileiro. Dias Gomes, um dos maiores autores brasileiros, com uma obra vasta e significativa, não só por isso, mas apenas por isso, justifica uma nova montagem desse seu texto. Pensar o Brasil, através do teatro, nesse momento complexo, com um olhar leve, carregado de fraternidade humana, principalmente HUMOR, é imperativo. 

“Esta é a história que queremos contar para nosso público neste momento. Uma história de nossa gente contada para a nossa gente. Através de uma dramaturgia pujante, que tem viço, que dialoga com todos, sem preconceito. Que respira e transpira vida no palco. Exuberante, frondosa. Que lateja, palpita. Nos aprimorando pelo olhar desse autor magnífico que colocou sobre o palco um Brasil, que antes dele, não conhecíamos”, comenta o diretor Marcus Alvisi.

Dias Gomes em tempos pretéritos e sombrios discorre sobre sua obra: “Bem, mas aí está Odorico em cena, por mais fantástico que pareça. Esta peça pertence a uma fase em que a dramaturgia brasileira procurava pesquisar nossa realidade, fazendo uma espécie de tipificação do nosso povo. Odorico Paraguaçu é um tipo de político que – embora a prática das eleições pareça coisas do passado – é bastante comum, não só no interior como nas grandes cidades. É claro que o grau de demagogia e paranoia é variável. Mas o processo é o mesmo. E não se pense que a proibição do povo de eleger livremente seus candidatos nos livra dos Odoricos provincianos ou citadinos, estaduais ou federais. Eles existem e continuarão existindo, com maior ou menor extroversão, porque são frutos não da prática da democracia, mas da alienação e do oportunismo dos governantes, eleitos ou nomeados, escolhidos ou impostos”.

FICHA TÉCNICA

Elenco: DIOGO VILELA, Odorico Paraguaçu; TADEU MELO, Dirceu Borboleta; CHRIS PENNA, Zeca Diabo; PATRÍCIA PINHO, Dorotéa; ROSE ABDALLAH, Judicéa; RENATA CASTRO BARBOSA, Dulcinéa; ATAÍDE ARCOVERDE, Chico Moleza; LUIZ FURLANETTO, Hilário Cajazeira; ALÊ NEGÃO, Dermeval;  EZEQUIEL VASCONCELOS, Mestre Ambrósio; ROLLO, Zelão; GABRIEL ALBUQUERQUE, Neco Pedreira; MARCO ÁUREO, Vigário; e LUCAS FIGUEIREDO, Primo Ernesto. 

Direção: Marcus Alvisi; Direção de Produção: Marília Milanez; Assistente de Direção Marco Aurélio Monteiro; Cenário e Figurinos: Ronald Teixeira e Pedro Stamford; Iluminação: Daniela Sanchez; Trilha: Marcus Alvisi; Engenheiro de som: Murilo Correa; Visagismo: Mona Magalhães; Direção de Movimento: Juliana Medella; Fotos e Designer gráfico: Victor Hugo Cecatto (in memorian).

Em Belo Horizonte, “O Bem Amado” integra a programação do Palco Instituto Unimed-BH 2025 que é apresentado pelo Ministério da Cultura e pelo Instituto Unimed-BH, por meio do patrocínio de mais de 5,7 mil médicos cooperados e colaboradores, produção executiva da Pólobh, patrocínio da CNH | New Holland Construction, da LCM Construção e da Rede, correalização do Sesc em Minas, apoio da Hypofarma, Mip Engenharia e Pottencial Seguradora e parceria de mídia com a CDL FM, Fredizak, Jornal O Tempo, Soubh e Zanzar Mídia.

“Palco Instituto Unimed-BH” 

O projeto Palco Instituto Unimed-BH traz em sua programação aos palcos de Belo Horizonte um painel bem diversificado do que está sendo produzido pelas artes cênicas no Brasil e no mundo. O projeto é uma iniciativa da Pólobh, produtora sediada em Belo Horizonte, MG, tem patrocínio do Instituto Unimed-BH, viabilizado por mais de 5,7 mil médicos cooperados e colaboradores, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. 

Sobre o Instituto Unimed-BH 

O Instituto Unimed-BH completou 22 anos em 2025 e conta com o apoio de mais de 5,7 mil médicos cooperados e colaboradores da Unimed-BH. A associação sem fins lucrativos foi criada em 2003 e, desde então, desenvolve projetos socioculturais e socioambientais visando à formação da cidadania, estimulando o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, fomentando a economia criativa, valorizando espaços públicos e o meio ambiente, através de projetos patrocinados em cinco linhas de atuação: Comunidade, Voluntariado, Meio Ambiente, Adoção de Espaços Públicos e Cultura.

“O Bem-Amado”

Dias 28 e 29 de junho de 2025, sábado, às 20h30, e domingo, às 18h30,

Grande Teatro do Sesc Palladium

(Rua Rio de Janeiro, 1046, Centro – BH/MG)

Classificação: 12 anos. Duração: 100 minutos

Ingressos: 

Plateia 1 – R$ 150,00 (Inteira) | R$ 75,00 (Meia Entrada)

Plateia 2 – R$ 125,00 (Inteira) | R$ 62,50 (Meia Entrada)

Ingressos Populares – R$ 50,00 (Inteira) | R$ 25,00 (Meia Entrada)

Vendas pelo site Sympla:

https://bileto.sympla.com.br/event/104667

E na bilheteria do teatro: 

Rua Rio de Janeiro, 1046, Centro – BH/MG