O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) de Ouro Preto, é parceiro do Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana, realizado pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), em parceria com a Fundação Educativa Ouro Preto (Feop) e as prefeituras de Ouro Preto e de João Monlevade. Responsável pela curadoria de Patrimônio, o IPHAN, por meio da Casa do Patrimônio de Ouro Preto, traz para a edição de 2018 duas oficinas e o seminário 80 anos de Ouro Preto Patrimônio Nacional: desafios e perspectivas.
Programação das atividades do IPHAN de Ouro Preto
Seminário – 80 anos de Ouro Preto Patrimônio Nacional: desafios e perspectivas
O Conjunto Arquitetônico e Urbanístico da Cidade de Ouro Preto foi tombado, em 20 de abril de 1938, e inscrito no Livro do Tombo das Belas Artes. Desde a criação do IPHAN, em 1937, sua atuação em Ouro Preto se iniciou, servindo como referência para as várias definições conceituais, a partir de embates internos e soluções práticas para problemas que surgiram no cotidiano da cidade. Nesse viés, o tratamento dado aos conjuntos urbanos tombados consolidou conceitos que balizam a ação institucional desde então.
A partir da constituição de 1988, o campo do patrimônio se ampliou, com a inserção da dimensão imaterial do patrimônio cultural, que passa a cuidar dos bens portadores de referência, ação, identidade e memória dos diferente grupos que formam a sociedade brasileira.
Portanto, 80 anos depois do tombamento, a partir da integração dessas duas dimensões, patrimônio imaterial e material, propomos nesses dois dias de seminário trazer reflexões sobre os desafios da proteção desse conjunto urbano, olhando o patrimônio nas suas mais variadas nuances de forma integral visando o desenvolvimento integrado da área cultural e econômica.
Vagas: 150
Realização: 10 e 11 de julho de 2018 – de 9h às 12h, das 14h às 18h
Público: profissionais atuantes na área de patrimônio imaterial, alunos do curso de museologia, história e turismo, comunidade em geral.
Local: Salão São João del-Rei – Centro de Artes e Convenções da Ufop – Ouro Preto
10 de julho – sexta-feira
9h – Abertura
9h30 – Mesa 1 – Ouro Preto: 80 anos de tombamento. O papel da União, do Estado e do Município na preservação
- George Alex da Guia – Analista de infraestrutura em exercício descentralizado no Departamento do Patrimônio Material e Fiscalização-DEPAM/IPHAN
· Michele Abreu Arroyo – Presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais
- Zaqueu Astoni Moreira – Secretário de Cultura e Patrimônio de Ouro Preto
Mediador: Maria Cristina Cairo Silva – Superintendente da Secretaria de Cultura e Patrimônio de Ouro Preto.
14h – Mesa 2 – A municipalidade e o desafio da inserção da preservação no desenvolvimento regional
- Débora da Costa Queiroz – Coordenadora do PAC Cidades Históricas em Ouro Preto
· Efraim Leopoldo Rocha – Secretário de Cultura, Turismo e Patrimônio -Prefeitura Municipal de Mariana
- Maria Cristina Rocha Simão – Professora do Curso Superior de Tecnologia em Conservação e Restauro do IFMG Campus Ouro Preto e pesquisadora do Laboratório de Direito Urbanístico – LADU/ UFRJ
Mediador: Sandra Maria Antunes Nogueira – Professora adjunta do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Ouro Preto
16h15 – Mesa 3 – Museu e a consolidação do destino turístico da cidade – discutir a atuação de museus na cidade, como agente de preservação, de difusão e de fomento a atividade turística
- Deise Cavalcante Lustosa – Diretora do Museu da Inconfidência
- Márcia Arcuri – Chefe do Departamento de Museologia da UFOP-DEMUL/EDTM
- Ingrid da Silva Borges – Diretora Executiva do Sistema de Museus de Ouro Preto.
Mediador: Célia Maria Corsino – Superintendente do IPHAN em Minas Gerais
11 de julho – quarta-feira
9h – Mesa 4
- Políticas públicas de Salvaguarda do Patrimônio Imaterial e suas interseções com a cidade – IPHAN – Diretor do Departamento de Patrimônio Imaterial/IPHAN– Hermano Fabrício O. Guanais e Queiroz
- O lugar como “intangível” na paisagem cultural. – Natália Brayner – Coordenadora de Apoio a Bens Registrados do Departamento de Patrimônio Imaterial/IPHAN
Mediações: Maria Cecília Londres Fonseca-
14h – Mesa 5 – tarde
- Cultura popular e patrimônio nas cidades contemporâneas – Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP) – Maria Elisabete Costa – Chefe da Divisão de Pesquisa do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular.
- Caso Pelotas – processo de registro das tradições doceira na região de Pelotas e antiga Pelotas – Beatriz Muniz Freire – Técnica da Superintendência do IPHAN do Rio Grande do Sul
- A Política de Patrimônio Imaterial do Município de Ouro Preto – João Paulo Martins – Diretor do Programa de Patrimônio Imaterial de Ouro Preto
Mediação – Célia Maria Corsino – Superintendente do IPHAN em Minas Gerais
Oficina: Cidade, memória, afetos e afetações
Em tempos de memórias dispersas e tornadas rasas pela cultura digital, a oficina pretende explorar as possibilidades de se reconhecer, registrar e disponibilizar, os modos como, nos diversos territórios públicos e privados de Ouro Preto, cidade e cidadãos se afetam. O objetivo é explorar, por meio da fotografia e do áudio, a memória oral de seus moradores, os objetos biográficos que habitam os espaços da casa e os objetos narrativos no espaço público, de modo a revelar o afeto que a cidade desperta em seus moradores e a afetação, a imposição exacerbada, de um modo de ser e estar na história. O que se busca é explorar o sentimento afetuoso e afetado de ser e estar em Ouro Preto. Compreender como a cidade nos seduz, mas também, como a cidade nos devora.
Ministrantes: José Márcio Barros e Débora de Viveiros Pereira
Período: 7, 8, 9 e 10 de julho (de sábado a terça)
Público: professores, estudantes e interessados em geral na questão da memória, acima de 15 anos e com disponibilidade para trabalho de campo (são oferecidas 25 vagas, com mínimo de 10 alunos para a realização da oficina)
Material a ser providenciado pelo aluno: câmera fotográfica digital e/ou telefone com câmera digital de qualidade
Oficina: Nas veias de Ouro Preto
Os participantes são convidados a conhecer a história de Ouro Preto a partir da (re)descoberta dos seus cursos d’água. Os rios Tripuí, o Caquende, o Velhas e o Rio Gualaxo serão o fio condutor. Por meio do audiovisual e da fotografia, os participantes serão guiados pelos quatro roteiros para percepção do ambiente e captura de material audiovisual. A interação com os moradores do entorno dos rios e córregos visitados e as discussões sobre o Tropicalismo, tema do Festival, resultarão em um curta metragem.
Ministrantes: Lucas de Godoy, André Castanheira Maia e Marcello Nicolato
Período: 9 a 12 de julho (segunda a quinta-feira), das 8h às 12h e das 14h às 18h
Público: maiores de 16 anos (são oferecidas 40 vagas)
Material a ser providenciado pelo aluno: câmera fotográfica digital e/ou telefone com câmera digital, roupas confortáveis para caminhada e acessórios gerais de caminhada (cantil, canivete, primeiros socorros, alimentos leves)
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